Publicado em 06/01/2014 - agronegocio - Da Redação
A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), com sede em Guaxupé (Sul de Minas), está registrando alta nas exportações. Em novembro foi batido novo recorde envolvendo as negociações do grão verde, com o embarque de aproximadamente 307 mil sacas de 60 quilos para o exterior.
A diversificação dos mercados e os investimentos na divulgação da commodity produzida pela cooperativa estão entre os principais fatores que favoreceram os negócios.
De acordo com o superintendente Comercial da Cooxupé, Lúcio Dias, a expectativa é que ao longo dos próximos meses ocorram novas altas na demanda, o que será fundamental para a retomada gradual dos preços pagos pelo produto.
Somente no mês passado, a cooperativa enviou ao mercado internacional 307,42 mil sacas de 60 quilos do grão, superando a marca histórica anterior, que era de maio de 2013, quando foram embarcadas 300 mil sacas.
"O que percebemos ao longo dos últimos meses é que as empresas compradoras de café estão adquirindo volumes menores, à espera de novas reduções nos preços. Com isso, os estoques mundiais estão baixos. Como em 2013 registramos perdas devido às chuvas e a perspectiva para este ano é de uma safra menor, a tendência é que as compras sejam retomadas e os preços reajam, já que a oferta de café não será tão grande quanto a esperada", disse Dias.
Ainda segundo o superintendente, mais de 80% das exportações da Cooxupé foram realizadas dentro da própria cooperativa, o que tem garantido maior segurança e economia aos associados. O processo é efetuado pelo Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), instalado no Complexo do Japy.
Complexo
De acordo com informações da cooperativa, com o processo de exportação sendo feito no Complexo Japy, existe maior segurança em relação à forma com que o café é colocado nos contêineres e também em relação à maneira como o produto chegará ao comprador. Além disso, o processo se torna menos burocrático e mais rápido, já que no Redex já é providenciada toda documentação necessária e o grão é embarcado assim que chega ao porto de Santos.
O aumento dos embarques realizados pela Cooxupé se deve, entre outros fatores, à busca de novos mercados para o grão. Segundo Dias, com o clima desfavorável dos últimos dois anos, a produção e qualidade do grão foram afetados e a área comercial da cooperativa começou um trabalho para conquistar novos mercados, como o de países emergentes.
"Nossa cooperativa é conhecida mundialmente não só pelo volume, mas também pela qualidade e origem do grão que produzimos. Como nas últimas safras tivemos um aumento de grãos classificados como duro/riado, começamos a buscar novos mercados que consomem este tipo de bebida. Fizemos um amplo trabalho neste sentido e os resultados começam a aparecer" explicou Dias.
Para o superintendente Comercial, o maior volume de café exportado em novembro está diretamente ligado à conquista destes clientes. "Nossa especialidade é proporcionar um café de qualidade superior para os maiores mercados do mundo, como Europa e Estados Unidos. Mas temos que buscar novas possibilidades para ampliar nossa participação no mercado, pois existem diferentes públicos e consumidores para o nosso produto", concluiu.
Fonte: Diário do Comércio