Publicado em 12/08/2014 - agronegocio - Da Redação
A máquina-piloto foi desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa por alunos do Departamento de Engenharia Agrícola
Sobre o nivelamento dos derriçadores, Mauri comenta que a principal diferença da nova tecnologia está no posicionamento dos articuladores. “Os derriçadores convencionais são articulados por um sistema hidráulico atrelado ao chassi da máquina, que fica na parte inferior.” Dessa forma, quando o chassi se move verticalmente para compensar a declividade do terreno, de acordo com a posição de cada uma das rodas, os derriçadores também mudam de lugar. E isso faz com que sejam posicionados a uma altura desigual do solo. Na prática, o desequilíbrio diminui a colheita dos grãos, já que o equipamento não percorre a planta em toda a sua extensão. No caso do protótipo da UFV, o sistema de articulação foi instalado na parte superior do maquinário, o que garante que os derriçadores estejam a uma mesma altura do solo e não sejam influenciados pela posição do chassi. O resultado é um maior aproveitamento da colheita. Mauri afirma que o trabalho de desenvolvimento da máquina levou mais de seis anos e contou com a participação de outros alunos do Departamento de Engenharia Agrícola. Para a equipe liderada pelo professor, o próximo passo é industrializar essa tecnologia e disponibilizá-la no mercado. “Há um ano estamos tramitando o pedido de patente da máquina e, agora, a busca é por empresas dispostas a fabricar o produto a um preço competitivo.” O custo de fabricação do modelo-piloto foi de R$ 250 mil. De acordo com Mauri, parte dos recursos veio do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e muitos insumos foram cedidos por parceiros, desde pneus até motores.
FONTE: Globo Rural - POR MARINA SALLES