Publicado em 07/01/2019 - cesar-vanucci - Da Redação
“Num país progressista a
mudança é inevitável, constante.” (Disraeli, em 1867)
Para corações fervorosos a chegada de um novo ano
acena sempre com benfazejas transformações. Mudanças positivas à vista! A esperança,
esse impulso generoso que brota do fundo da alma, introjeta nas mentes de
grande parte dos viventes a encorajante ideia de que um novo tempo, de feição
certeiramente melhor do que a etapa ficada atrás, vem vindo aí. Com a benção
dos deuses, tempo carregado de propostas e promessas alvissareiras. Esse estado
de espírito chegado à euforia, mesmo que possa se revelar efêmero com o passar
dos dias, tem o condão de espantar emoções negativas e de favorecer a reconexão
de muita gente com nobres e generosas práticas de convivência comunitária. Uma
pena que tais circunstâncias não se perpetuem, que acabem se esfarelando diante
da habitual e fatalística prevalência, no cotidiano, das gritantes imperfeições
da conduta humana. Imperfeições essas, como sabido, capazes de desencadearem
atos, ditos e gestos, em elevada escala, por tudo quanto é canto, desapartados
dos valores humanísticos e espirituais que recobrem de dignidade a jornada da
vida. Mas o melhor mesmo a fazer é cuidar, da forma mais saudável possível, de
nos agarrarmos às expectativas alentadoras que promanam, neste momento
emblemático de alteração do calendário, do sentimento das ruas e lares.
No caso brasileiro, motivação muito especial contribui
para tonificar o ânimo popular. Saído de uma eleição desenrolada em termos
republicanos e democráticos satisfatórios, em que pesem um sem número de
incidentes sumamente indesejáveis, repudiados pela consciência cívica, o
cidadão brasileiro sente-se apoderado de grande confiança numa mudança de
rumos. Crê, com ardente convicção, que os rumos políticos e administrativos
possam ser exemplarmente alterados, de modo a assegurar ao país condição de ascender
a outros patamares no avanço civilizatório. Clama por medidas administrativas e
empreendimentos públicos e privados que imprimam ritmo de desenvolvimento
social e econômico acelerado, consentâneo com as verdadeiras potencialidades do
território e as virtualidades da brava gente brasileira.
Na manifestação das urnas, a comunidade expressou
claramente sua aspiração em favor de mudanças essenciais. Sente-se empoderada
do sagrado direito de pleitear dos dirigentes empossados, bem como dos
integrantes das casas legislativas, ações que se coadunem por inteiro com a
mensagem explicitada nos anseios da coletividade e acolhida nas propostas dos
candidatos vitoriosos. Propostas voltadas para necessárias e urgentes reformas
estruturais. Reformas genuínas, não aqueles simulacros de reformas que a
demagogia costuma estabelecer pra não fazer reforma alguma.
Da parte da sociedade, independentemente das crenças,
posturas e tendências políticas democraticamente assumidas por seus
integrantes, não poderá faltar amplo crédito de confiança no trabalho dos que
foram escolhidos, por inconteste vontade majoritária, para conduzir os destinos
nacionais. Essa colaboração, mesmo em momentos que imponham manifestações
críticas construtivas, faz-se imprescindível mode que seja implementado o vital
programa de desenvolvimento concebido pelo nosso mais importante partido, o
Brasil.
De outra parte, dos detentores do poder espera-se saibam
projetar, nas iniciativas tomadas, consciência bastante nítida da relevante missão
que se lhes é outorgada. Não lhes falte grandeza de espírito, bom-senso,
inteligência e argúcia ao gerirem os negócios de sua alçada com isenção,
respeito às opiniões alheias e desprendimento suficiente para mobilizar, quando
necessário, vontades e esforços em torno das grandes causas nacionais. Em
glorioso instante da história brasileira, o inesquecível estadista Juscelino
Kubitscheck de Oliveira fez isso admiravelmente. Seus extraordinários feitos
valem como exemplo permanente.
E, por
derradeiro, não falte ao povo brasileiro também, nesta hora, bênçãos do Alto
para que consiga executar a contento as tarefas que lhe estejam afetas, mirando
o advento, para todos e em todos os lugares, de condições de vida mais
fraternais, mais justas, verdadeiramente harmonizadas com os ideais
democráticos e os valores humanísticos que engrandecem o ser humano.
Cesar Vanucci - Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)