Publicado em 29/09/2017 - coluna-minas-gerais - Da Redação
Deputados não votam projetos no semestre
Os deputados estaduais mineiros estão em greve branca na Assembleia Legislativa, mesmo recebendo seus salários e gratificações. Neste semestre, nenhum projeto foi votado em plenário. No mês de outubro, a paralisia deverá ser repetida. Os deputados aliados, 55 dos 77, estão insatisfeitos com a falta de pagamento de suas emendas parlamentares, incluídas e aprovadas no orçamento deste ano, destinando recursos e obras para os municípios onde são mais votados. Do outro lado, o Governo do Estado não tem como pagar as emendas, pois está sem recursos até para manter os salários dos servidores estaduais. (Rede Sindijori)
Registrados 34 casos de AIDS em Arcos
Em análise aos "Indicadores e Dados Básicos da AIDS nos Municípios Brasileiros", disponibilizados no site www.aids.gov.br, verifica-se que de 2004 até 2015, foram registrados 34 casos da doença em Arcos, sendo 25 homens e nove mulheres. Em 2016 não houve nenhum caso registrado. Quanto aos dados de 2017, ainda não estão no sistema. Trinta e uma pessoas que moram em Arcos realizam o tratamento contra o HIV atualmente. Os acompanhamentos médicos e exames são realizados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Os medicamentos também são distribuídos pela Secretaria de Estado e são entregues pelo serviço de referência onde o paciente é acompanhado. (Correio Centro Oestre - Arcos)
Proposta coloca em risco a lagoa
Uma proposta da Prefeitura de Contagem de alterar o Plano Diretor de áreas que ficam às margens da lagoa Várzea das Flores naquele município tem gerado grande polêmica na região metropolitana pelos impactos que essas mudanças trariam nas cidades vizinhas. O assunto foi tema de discussão durante a reunião da Câmara de Betim da última terça-feira. A Prefeitura de Contagem propôs revisar o macrozoneamento da região, transformando áreas às margens da lagoa que hoje são rurais em urbanas. Com isso, a preservação do local ficaria ameaçada. (O Tempo - Betim)
Taxistas adotam aplicativo
A chegada do aplicativo de transporte particular Uber em Sete Lagoas, há cerca de cinco meses, acaba de provocar mais uma mudança no mercado de táxis da cidade, porém, uma mudança para melhor. Recentemente três taxistas se uniram e adquiriram a licença do Top7Taxi, aplicativo de táxis que roda em várias cidades do país. Os números comprovam o que pode ser a salvação do serviço. Enquanto os taxistas pagam uma mensalidade de R$ 280 para a cooperativa, o aplicativo cobra um pequeno percentual por horas trabalhadas. (Sete Dias - Sete Lagoas)
Caminhada pelo Respeito do Idoso
Com uma agenda repleta de atividades, ocorre em Divinópolis, desde segunda-feira, 25, a Semana Municipal do Idoso de 2017. As comemorações começaram com a celebração de uma missa na Catedral do Divino Espírito, e de lá pra cá, já foram realizadas uma matinê no Shopping Pátio Divinópolis e passeata nesta última quarta-feira, com a concentração na praça da Catedral, incluindo uma caminhada. Com o tema "Caminhada pela Dignidade e Respeito do Idoso" os participantes passaram pela avenida 1º de Junho, e em seguida se concentraram no quarteirão fechado. Logo depois, eles entraram na Câmara, onde em plenário alguns assuntos referentes ao Estatuto do Idoso foram discutidos. (Portal Agora - Divinópolis)
Tarifa poderá aumentar para R$3,10
A passagem de ônibus em Juiz de Fora pode subir dos atuais R$ 2,75 para R$ 3,10, um aumento de 12,7%. A atualização da planilha de cálculo tarifário, que embasa o reajuste, resultou no valor sugerido de R$ 3,0979, que, na prática, deve ser arredondado para cima. A Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) apresentou os cálculos e o resultado para o Conselho Municipal de Transportes, que analisou a matéria em reunião realizada na noite desta quinta-feira (28). Nesta sexta, 29, pela manhã, haverá a apresentação da planilha na Câmara Municipal de Juiz de Fora. A confirmação da cifra, para efetiva implementação nas roletas, acontece via decreto a ser assinado pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB). O reajuste, se confirmado, deve entrar em vigor nos primeiros dias de outubro. (Tribuna de Minas - Juiz de Fora)
Campanha alerta sobre descarte de medicamentos
O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais realiza em 11 cidades mineiras o "Programa Traga de Volta", que busca conscientizar comerciantes e moradores sobre a coleta e o descarte correto de medicamentos vencidos ou sem serventia. O hábito de dispensá-los no lixo comum ou no vaso sanitário pode contaminar o meio ambiente, trazendo consequências para a população. Durante a campanha, farmacêuticos de todo o Norte de Minas e estudantes do curso de farmácia das Faculdades Funorte estarão realizando ações em espaços públicos e recolhendo medicamentos vencidos nas residências e também em instituições de ensino. (O Norte de Minas)
Finanças do município presta contas
Secretaria Municipal de Finanças realizou audiência pública na sexta-feira, 29, para apresentar aos vereadores o resultado da arrecadação e das despesas no período de maio a agosto. A prestação de contas foi feita no plenário da Câmara Municipal. Pelo relatório, o município continua com arrecadação abaixo do montante projetado no orçamento deste ano. De janeiro a agosto, a meta era a arrecadação de R$813 milhões, mas apenas R$696,6 milhões foram recebidos no período. (Jornal da Manhã - Uberaba)
Prefeitura volta atrás e confirma JEM
A Prefeitura de Mariana confirmou a realização do JEM 2017 (Jogos Escolares de Mariana) em outubro deste ano. Ela havia publicado um comunicado que informava o adiamento dos jogos para os primeiros meses do ano que vem. Na última segunda-feira, dezenas de estudantes foram à Câmara e pediram apoio dos vereadores para barrar um suposto cancelamento dos jogos. A informação, no entanto, estava errada. Os jogos seriam adiados. O secretário de Desportos do município, Bruno Freitas, precisou ir a plenário e confirmar o erro na publicação. (Jornal Ponto Final - Mariana)
DEFICIT DO PRODUTO MORAL BRUTO
Stefan Salej
A cada momento estamos ouvindo do déficit fiscal. Bilhões de reais. Déficit de contas públicas e quebradeira das contas dos estados e municípios. E déficit da previdência que requer uma reforma urgente do sistema previdenciário. E mais: a queda de produto bruto, que é a soma de todas atividades econômicas, foi brutal nos últimos três anos, com um acréscimo do desemprego que aumenta a crise social. Em resumo, não faltam indicadores econômicos e sociais para medir o que está acontecendo no país e no mundo.
Em um ambiente globalizado competitivo, ainda há indicadores de felicidade, onde o Brasil, com sua população sempre paciente e esperançosa, parece bem. Tem também indicadores de competitividade, onde claro estamos, por razões que todos conhecemos, mal. E de inovação, também. Na de transparência, estamos na lanterna mundial. Na lista da FIFA, escorregamos após a fragorosa derrota para a Alemanha no final da Copa no Brasil, mas estamos bem. E ainda há alguns cantores nossos que ganham o Grammy, para a consolar a nossa brasilidade.
Neste incrível mundo de avaliação de desempenho da sociedade, não vamos falar nem na infra-estrutura, educação e saúde, e neste incrível momento de transição que estamos passando, neste momento da Lavas Jato e todos os processos em curso e os que ainda vem, faltam algumas considerações que não são macro, mas que afetam a vida do cidadão comum.
Que a nossa sociedade, que se apresenta como quem está aplicando a justiça neste momento nos casos de corrupção, está profundamente manchada com esses acontecimentos e com lideres que não conseguem apresentar soluções um tanto quanto razoáveis e aceitas pela maioria da população, ninguém tem mais dúvida. De um lado há escândalos de corrupção, de outro lado soluções dadas pelos mesmos que causaram o problema ou participaram omissos ou ativos dele. Insustentável para qualquer pessoa normal.
Por outro lado, nos conflitos de segurança pública, o caso do Rio é o mais visível, inclusive por causa de força da mídia, mas não e único. Muito pelo contrário: o país no item de segurança pública se tornou absolutamente vulnerável. Ninguém quer dizer quem manda e quanto nos tornamos um Medellín ou Cali, cidades dominados por cartéis. Ou uma Colômbia.
Nesse item ainda cabem a contabilidade de mortes violentas, crimes registrados e não registrados e mortes no trânsito, tanto nas cidades como nas estradas. Somos um país dos mais violentos do mundo, dos mais corruptos, e com o melhor sorriso. Nada nos derruba, nada nos destrói (felizmente não temos terremotos e nem furacões).
No fundo parece que o problema maior nosso é moral e ético. Perdemos valores de respeito às pessoas, à sociedade em que vivemos e ao estado que construímos. As instituições que estão caindo na nossa frente (mesmo que isso não pareça às vezes claro), são resultado de uma brutal queda de produto bruto moral e ético do país. E essa queda tem na sua base a perda ética dos valores do cidadão, de cada um de nós.
Nós aceitamos o jeitinho e a lei de Gerson com a maior naturalidade, e não nos revoltamos através eleições e outros instrumentos democráticos contra isso. O nosso problema reside em que as instituições que são responsáveis por guiar e liderar esse fundamento ético do país, sejam religiosas, políticas ou lideranças civis e empresariais, se acovardaram e passaram a construir para o seu bem próprio e o dos seus dirigentes esse déficit ético e moral. E aí, chegamos ao ponto em que tudo vale para me salvar. Se eles podem, eu também posso.
Déficit moral, realinhamento ético da cidadania em um processo democrático, é o nosso único problema. E aí depende de cada um, e de todos. Outros indicadores são consequência da mudança que deve ser feita por instrumentos políticos democráticos.
Difícil, mas não impossível, porque mesmo com essa desordem que existe, há exemplos e mais exemplos no país que nos lembram de não desistir e lutar. É seguir esses exemplos e não os da Lava Jato e similares.
ascom