COLUNA MG (01 de Setembro)

Publicado em 01/09/2017 - coluna-minas-gerais - Da Redação

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População de Uberlândia cresce 1,03%
Uberlândia registrou um crescimento populacional de 1,03% entre os anos de 2016 a 2017, tendo atualmente uma população estimada em 676.613 habitantes, o que representa um aumento de 6.941 pessoas no período de um ano. Os dados fazem parte da estimativa populacional divulgada na última quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com data de referência em 1º de julho de 2017. A taxa de crescimento populacional em Uberlândia foi maior do que a verificada no país (0,77%) e também em Minas Gerais (0,58%). Ainda de acordo com o IBGE, Uberlândia tem população maior do que nove capitais brasileiras (Aracaju, Cuiabá, Porto Velho, Florianópolis, Macapá, Rio Branco, Vitória, Boa Vista e Palmas). Excluindo as capitais, Uberlândia é o 12º município mais populoso do país. No geral, é o 30º com maior população no país. (Diário do Comércio - Uberlândia)
 
Iveco de Sete Lagoas entrega primeiro ônibus
A Iveco Bus entrega o primeiro chassi  170S28 para integrar a  frota da Trans-Bus Transportes Coletivos. O modelo já roda na região do  Grande ABC e o destaque  do modelo está no sistema de plataforma elevatória na porta central  para passageiros com  mobilidade reduzida. Projetado e fabricado no Complexo Industrial da Iveco em Sete Lagoas. Segundo o fabricante, o modelo é uma opção para o transporte de passageiros que reúne resistência, baixo custo de manutenção e alta tecnologia. Os testes do modelo foram realizados no Campo de Provas da montadora. O modelo de 17 toneladas está disponível em duas configurações, urbano e fretamento, atendendo demandas para transporte urbano e intermunicipal. (Boca do Povo - Sete Lagoas)
 
São Tiago promove proteção ao patrimônio
São Tiago encerra agosto com gosto de dever cumprido. É que durante todo esse mês, a memória da cidade foi salvaguardada e compartilhada com os mais jovens por meio da "6ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais". Na Terra dos Biscoitos, dois bens tombados pelo Município e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) ficaram abertos ao público durante todo o mês. O Passinho da Praça e a imagem original de São Tiago Maior. Criada em 2009, a Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais se inspirou na experiência francesa das JournéesduPatrimoine. (Primeira Página - Barroso)
 
Lojistas do Mercado Sul pedem socorro
Feirantes e lojistas do Mercado Sul de Montes Claros pedem intervenção urgente do poder público para salvar um dos locais mais tradicionais da cidade. Construído em 1970, o espaço viu o movimento despencar nos últimos anos e, hoje, tem mais lojas fechadas do que bancas. Os comerciantes pedem uma revitalização do local para voltar atrair clientes. A subutilização do espaço é outra reclamação dos comerciantes. A área que pertence ao município deveria estar preenchida com diversas bancas, mas está abandonada e as poucas bancas não oferecem variedade de produtos. O secretário de Agricultura, Osmani Barbosa, disse que o prédio é 50% da prefeitura e 50% da iniciativa privada, o que complica a revitalização. (O Norte de Minas - Montes Claros)
 
Projetos beneficiam hospitais e instituições
Contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da área em que atua, a Energisa dá início neste mês de setembro às ações de eficiência energética em quatro cidades de Minas: Cataguases, Leopoldina, São João Nepomuceno e Ubá. A iniciativa também conscientiza para o uso racional da energia elétrica e o combate ao desperdício. Serão beneficiados com essa ação: o Hospital de Cataguases, a Casa de Caridade Leopoldinense, a Associação de Caridade São João Nepomuceno, o Instituto Ensinar Brasil de Cataguases e de Leopoldina e mais três escolas estaduais de Ubá. Ao todo serão investidos cerca de R$ 900 mil na substituição de equipamentos obsoletos por tecnologias mais eficientes. (Gazeta de Muriaé)
 
Vereadores iniciam visitas às escolas
A Comissão Permanente de Educação e Cultura da Câmara Municipal deu início à série de visitas às escolas municipais e estaduais de Leopoldina, com o objetivo de ouvir diretores, supervisores, professores e alunos a fim de conhecer a realidade da educação no município. Os vereadores Kelvia Raquel e Waldair Barbosa Costa, membros da Comissão, visitaram as escolas Ribeiro Junqueira e Judith Lintz Guedes Machado, que integram a rede municipal de ensino. As visitas ocorreram na tarde da última terça-feira, 29. Ao final das duas visitas, os parlamentares entregaram às diretoras um questionário e solicitaram que fosse feita também uma autoavaliação sobre os motivos que levaram a escola ao baixo rendimento na última edição do IDEB. (Leopoldinense)
 
Crise do Hospital em Ponte Nova é debatida
Representantes da Mesa Diretora da Irmandade do Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD reuniram-se com o promotor de Justiça Sérgio Moreira dos Santos para debater proposta de "intervenção administrativa consensual" para dimensionar a crise financeira hospitalar. Segundo o MP, em tese "não é preciso dinheiro novo, mas sim reorganizar a situação, pois há indicadores de dinheiro sendo mal empregado". Foi sugerida "nova lógica no sistema de saúde da região, pois o financiamento municipal não pode ser solitário. Ponte Nova não pode bancar sozinha. Deve haver "cofinanciamento", de maneira tripartite e equilibrada [Municípios/Estado/União]". (Folha de Ponte Nova)

 

Do desvio de funçāo e dinheiro
Stefan Salej

Nos idos dos anos 40, ou seja, há quase oitenta anos, um grupo de industriais paulistas liderados pelo engenheiro Roberto Simonsen, convenceu o governo Vargas de que a educação profissional era fundamental para o desenvolvimento do país e, consequentemente, de sua base econômica, indústria e comércio. E mais: que a gestão desse programa deveria ser das próprias entidades empresariais, financiado pelo desconto na folha de pagamento. Contribuição social como outras, pura e simples. Recursos controlados pelos órgãos de fiscalização do estado e gestionados pelos empresários. Assim foram criados, com objetivos claros, os serviços de aprendizagem industrial e comercial, como também,  para prestar serviços na área social, a grande preocupação do governo da época e dos próprios empresários, os serviços sociais da indústria e comércio.
Com o passar do tempo, esses serviços se estenderam também para a área de agricultura, transportes, o comércio adicionou serviços, nasceu o serviço para a assistência às pequenas empresas e também para assistir aos exportadores. A evolução da economia e desenvolvimento do país exigiram novos serviços como resposta a novos desafios. Mas, a função básica de educação profissionalizante  do serviço de aprendizagem industrial ou comercial não mudou em momento algum. Nem pela lei e nem por outros meios legais. Ou seja, a sociedade, os empresários e os legisladores continuam afirmando que a contribuição na folha de pagamentos dos trabalhadores é destinada à educação.
E isso tem muita razão de ser. A educação é a mãe de todas as demais atividades e se há recursos bilionários de contribuições dos trabalhadores para isso, os recursos devem ser usados para isso. Claro que os desafios da economia de hoje não são iguais aos desafios de ontem. Educação é um processo, não um momento. Você não educa um profissional da noite para o dia. Portanto, requer muita consistência, visão de futuro e, principalmente, responsabilidade. Esse sistema de aprendizagem é inclusive uma das raras portas que permite mobilidade social aos trabalhadores.
Em termos gerais pode-se dizer que o sistema, em especial na área de agricultura e comércio/serviços, funciona bem. Quanto à indústria, o sistema, em São Paulo e nos estados do Sul, está cumprindo sua missão. Não desviou para a construção megalomaníaca de laboratórios destinados a um pequeno grupo de empresas de seus dirigentes, comprometendo o orçamento de finalidade básica por vinte anos e reduzindo a zero a possibilidade de qualquer expansão ou melhoria de qualidade na sua função básica e legalmente estabelecida, que é a educação. Milhões de desempregados que precisam de requalificação profissional, novos desafios como a indústria 4.0, jovens querendo trabalhar sem qualificação e empresas desesperadas  porque não têm operários qualificados, trocados por interesses mesquinhos, pessoais, financeiros dos que ocupam cargos. E ainda abençoados por empréstimos dos bancos estatais nacionais  de desenvolvimento que aceitam troca de desvio de função legal por desvios ilegais.
Triste o país que troca a educação por falso progresso e os benefícios de alguns pelo futuro de todos. E aí cabe a pergunta, onde estão os que  devem controlar essas ações, como os procuradores de justiça, a polícia, o estado? Há desvio de função e desvio de caráter. E provavelmente mais alguma coisa.

STEFAN SALEJ, consultor empresarial, ex-presidente do Sistema Fiemg e do Sebrae MG.
TRISTE O PAÍS QUE TROCA A EDUCAÇÃO POR FALSO PROGRESSO