Publicado em 13/10/2017 - coluna-minas-gerais - Da Redação
Prefeitura faz cortes na assistência social
Dois programas municipais de assistência social sofreram cortes nos últimos meses. Em julho, 75 pessoas foram desligadas do Programa de Auxílio-Moradia, que prevê o pagamento de R$ 240 mensais para famílias em situação de vulnerabilidade social ou risco habitacional. No mês passado, o Programa de Segurança Alimentar foi diluído e, de um pico de até 1.600 famílias atendidas com cestas básicas mensalmente, o programa estaria disponibilizando, atualmente, apenas 342 cestas para todo o município, divididas pelos nove Centros de Referência em Assistência Social (Cras). De 2016 para 2017, o repasse da União para Juiz de Fora caiu de R$ 872.765,76 para R$ 342.516,12 entre os meses de janeiro a junho. (Tribuna de Minas - Juiz de Fora)
Poços quer zerar demanda de Hemodiálise
A Santa Casa de Poços de Caldas vai passar à atender mais 12 pacientes no setor de Hemodiálise. Isso se dará com a entrada em funcionamento de quatro novas máquinas. A expectativa da administração do hospital é, em breve, zerar a demanda pelo serviço. Os equipamentos, doados pela Fundação Itaú Social, serão utilizados nas sessões diárias, de três turnos de quatro horas cada. Atualmente são 19 equipamentos para 105 pacientes, que são submetidos todas as semanas ao procedimento. O objetivo do hospital é evitar, ao máximo, deslocamentos para terapias em outras cidades como Alfenas, Itajubá, Varginha e Extrema. (A Folha Regional - Muzambinho)
Aliados de Pimentel querem Josué Alencar
O grupo aliado ao governador Fernando Pimentel (PT) tenta atrair o empresário mineiro Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, para o lugar de vice numa provável chapa de reeleição do petista. Josué, que adotou o sobrenome Alencar na eleição de 2014, quando concorreu ao Senado por Minas, é filiado ao PMDB desde 2013. Presidente da Coteminas, o empresário seria um nome capaz de aglutinar os deputados estaduais do PMDB, sob o controle do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, e forçar a ala ligada ao presidente estadual da legenda e vice-governador de Minas, Antônio Andrade, a traçar outra estratégia se quiser construir um projeto unificado para a disputa do Governo de Minas em 2018. (Folha da Manhã - Passos)
Dia do Agente de Saúde é comemorado
O Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde (ACS) e de Endemias (ACE), comemorado na quarta-feira, 4, foi lembrado pela Prefeitura de Teófilo Otoni, por meio de uma confraternização e um almoço para mais de 400 profissionais. O evento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Câmara Municipal aconteceu na sexta-feira (06/10), na quadra da Instituição O Ninho, no Bairro Palmeiras. Cerca de 300 agentes comunitários de saúde e 120 de endemias participaram da comemoração em agradecimento ao trabalho executado pelos profissionais. (Tribuna do Mucuri - Teófilo Otoni)
Cultura disponibilizará R$ 3,6 mi
A partir do dia 23 de outubro os agentes culturais, produtores, artistas e interessados em contribuir de alguma forma para a cultura de Uberlândia poderão inscrever seus projetos para 2018 no Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PMIC) que distribuirá R$ 3,6 milhões nas modalidades Fundo Municipal de Cultura (R$ 1,1 mi) e Incentivo Fiscal (R$ 2,5 mi) para projetos de micro, pequeno, médio e grande porte. O edital atualizado foi publicado no dia 5 de outubro no Diário Oficial do Município e preza por mais transparência e abastecimento à demanda cultural de Uberlândia. (Diário do Comércio - Uberlândia)
Câmara inicia vistoria em creches
A tragédia na Creche Gente Inocente, em Janaúba, que apresentou saldo de onze pessoas mortas por queimaduras, nove delas crianças, que repercutiu em todo o País e até no exterior, chama a atenção das autoridades em Montes Claros, que pretendem verificar as condições de funcionamento destas escolas na cidade. A medida, de caráter preventivo, será colocada em prática a partir da próxima semana, pela Comissão de Educação da Câmara Municipal, que começará a visitá-las sem agendamento. A tragédia foi o tema dominante na reunião ordinária da Câmara Municipal, em que quase todos os vereadores o abordaram da tribuna. (Jornal de Notícias - Montes Claros)
Secretaria de Saúde presta contas
Uma audiência pública marcada para que a Secretaria de Saúde de Divinópolis (Semusa) informasse aos vereadores sobre os gastos registrados ao longo do segundo quadrimestre de 2017 foi transformada ontem em um conjunto de relatos de serviços prestados pelo órgão. Teve de tudo, menos as contas. Fato que frustrou vereadores que participaram. De acordo com o relatório, a Semusa já gastou R$ 131.489.388 milhões, dos R$ 252.805.906 milhões. Verba que tinha para o ano todo. O valor representa mais da metade. De janeiro a agosto, já foram gastos mais de R$ 130 milhões. (Portal Agora - Divinópolis)
DEER inicia obras no Trevo da Holcim
Após anos de espera, apelos da população, centenas de acidentes e dezenas de vítimas fatais, finalmente o Trevo da Holcim, em Pedro Leopolodo, mais conhecido como Trevo da Morte, receberá, do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG), obras de melhoria. As intervenções começaram segunda-feira, dia 9, e tem previsão de término dentro de 60 dias. O prefeito Cristiano Marião, o vice Salim Salema, os prefeitos de Capim Branco e Prudente de Morais, Elmo Nascimento e José Roberto, a Vice-Prefeita de Matozinhos, Zélia Pezzini, empresários e moradores da região Norte estiveram presentes na cerimônia simbólica que marcou o início das obras. (O Observador - Pedro Leopoldo)
DA PORTA ABERTA EUROPEIA
Stefan Salej
Na semana passada foi concluída em Brasilia mais uma etapa de negociações entre os representantes da União Europeia, EU, e Mercosul sobre o tratado de comércio entre os dois blocos econômicos. Como toda negociação em curso, as conclusões são parciais mas indicam ao mesmo tempo uma forte tendência de que a conclusão do acordo interessa às duas partes. O acordo comercial entre esses dois blocos econômicos em que residem mais de 650 milhões de pessoas será, uma vez concluído, o maior acordo comercial entre duas regiões. Ao mesmo tempo, será para o Mercosul o fechamento de uma parceria estratégica com seu maior parceiro comercial após a China e seu maior investidor. Além da clássica declaração de que a maior parte da população da nossa região é de origem europeia e fala línguas, espanhol e português, europeias.
O acordo prevê uma gradual abertura de mercados nos dois sentidos, mas protegendo alguns setores, e sendo menos generosa para alguns produtos agrícolas como o etanol e a carne bovina. Aliás, foi nestes dois itens que a negociação em Brasília empacou. Os europeus estão oferecendo cotas ridículas, a de carne significa que os 4 países de Mercosul poderão exportar anualmente a quantidade correspondente a um bife por habitante europeu e a de etanol não passa de nossa produção de uma semana. O medo dos agricultores europeus fortemente subsidiados, ao contrário da nossa agricultura, é que vamos invadir a Europa com nossos produtos e acabar com eles. Por outro lado se esquecem de que, no caso de França, o comércio de alimentos no Brasil é dominado por empresas francesas. O mesmo acontece com máquinas e automóveis, indústrias dominadas por europeus no Brasil.
As negociações foram acompanhadas por forte contigente empresarial liderado pela chamada Coalizão Empresarial Brasileira, aliada à CNI, que mais reclamava da proteção de setores do que de um aproveitamento das oportunidades que o acordo vai oferecer. As entidades empresariais CNI, CNA, CNC e setoriais, estão na absoluta maioria olhando o futuro pelo retrovisor e sem nenhum projeto de desenvolvimento do seu setor dentro de uma nova realidade que será trazida pela conclusão do acordo. Está claro que o acordo, que ainda tem chance de ser concluído até o final do ano em suas linhas gerais, traz muitas vantagens para quem está mais bem preparado, como os europeus, mas ele abre inúmeras oportunidades para nossas exportações.Se os franceses vão vender mais queijo para nos, nos podemos vender mais pão de queijo e outros produtos lácteos para a Europa.
Mas, para isso precisa estar se preparando já. Sem choro, preparar para uma nova fase de comércio mais competitivo. Porque se não fizer isso, efetivamente o acordo por si só não vai ajudar, mas atrapalhar. Ou teremos coragem e meios para sermos competitivos, ou aí sim vamos desaparecer. O consumidor brasileiro não quer nem viver no mundo subdesenvolvido, nem ter produto de segunda e nem ser cidadão da segunda classe.
STEFAN SALEJ, consultor empresarial,foi presidente do Sistema Fiemg e do Sebrae MG