Publicado em 18/08/2017 - coluna-minas-gerais - Da Redação
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Obras recomeçam na MG-760
Após quatro anos de espera, a pavimentação da LMG-760, que liga o distrito de Cava Grande, em Marliéria, à BR-262, em São José do Goiabal, finalmente foi retomada. Homens e máquinas da empresa Tamasa iniciaram os trabalhos nesta quarta-feira, 16, no trecho entre Cava Grande e Santo Antônio da Mata. A estimativa é que cerca de 300 pessoas sejam empregadas na obra. A obra, com extensão de 64 quilômetros e orçamento de R$ 120 milhões, estava parada por uma ação de ambientalistas que pediam adequações no licenciamento ambiental, a fim de proteger a área de amortecimento do Perd. (Diário do Aço)
Famílias invadem terreno de creche
Quase 40 famílias ocuparam um terreno, que fica dentro do loteamento particular Ouro Branco, destinado à construção de uma creche municipal em Santa Rita de Minas. Na manhã desta quarta-feira, 16, o prefeito Ademilson Lucas Fernandes (PP) esteve no local para contornar a situação. Segundo informações, o proprietário do loteamento destinou 10% da área ao poder público municipal, como determina a lei. Na administração anterior ficou definido que uma creche seria construída no local. Segundo o prefeito Ademilson, a verba para a construção já está disponível, mas a empresa que venceu a licitação no ano passado desistiu da obra e uma nova licitação será aberta. Ele acredita que a creche comece a ser construída ainda este ano. (Diário de Caratinga)
Unidades terão prontuário eletrônico
O ministro da saúde, Ricardo Barros, divulgou na segunda-feira, 14, que as unidades básicas de saúde de Divinópolis estarão informatizadas até 2018. Aproximadamente 15 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) já passaram pelo processo e a previsão é que, até o fim de 2018, sejam 42 mil. Divinópolis possui atualmente 39 postos de atendimento de saúde espalhadas pelo município. Mas nenhuma unidade trabalha ainda com o prontuário eletrônico. A previsão é que os procedimentos informatização comecem nos próximos dias e sejam concluídos até o mês de outubro. (Gazeta do Oeste - Divinópolis)
Estaleiros mineiros no SP Boat Show 2017
Minas Gerais estará representado no maior salão náutico indoor da América Latina. A Ventura Marine, uma das grandes fabricantes de barcos no País, e o novo estaleiro mineiro Seatech Boats - ambos com fábricas em Escarpas do Lago, na cidade de Capitólio -, serão destaques do São Paulo Boat Show 2017 que acontece de 21 a 26 de setembro no São Paulo Expo. (Folha da Manhã - Passos)
Prefeitura de Guaranésia promove 1ª Fecig
A Prefeitura de Guaranésia através da Secretaria de Desenvolvimento Socioeconômico e em parceria com a Acigua e Codemig promoverá nos próximos dias 08,09 e 10 de setembro a 1ª Fecig (Feira Comercial e Industrial de Guaranésia), evento este incluso nas comemorações do 116º Aniversário de Guaranésia. O objetivo do evento é promover o comércio, indústria e setor de serviços locais, havendo disponibilização de espaço para exposição, além da possibilidade de realização de grandes negócios. A 1ª Fecig acontecerá nas praças centrais de Guaranésia, sendo disponibilizadas barracas para a montagem dos stands. (A Folha Regional - Muzambinho)
Hemocentro faz campanha de medula
O Hemocentro de Uberaba está promovendo uma ação para mobilizar doadores de medula óssea. Trata-se de uma campanha que será realizada nas universidades, por meio de agendamento, em que a equipe do Hemocentro promove conscientização com estudantes para que se tornem doadores, quando necessário. De acordo com o coordenador do Hemocentro de Uberaba, Paulo Roberto Juliano Martins, o procedimento para doação de medula óssea é um pouco diferente em relação à doação de sangue. Esse trabalho de mobilização acontece em diversos locais, como instituições e empresas, e desta vez a equipe do Hemocentro de Uberaba irá até as universidades. Até o momento a ação foi agendada em três instituições: Uniube, Facthus e Cefores e acontece a partir do dia 29 de agosto. (Jornal da Manhã - Uberaba)
Projeto propõe multa por atraso de shows
Eventos culturais que atrasarem as apresentações em Juiz de Fora poderão resultar em sanções e penalidades para os responsáveis. Um projeto de lei de autoria do vereador Adriano Miranda de Sousa (PHS), apresentado no início desta semana, prevê que os shows musicais, peças de teatro, espetáculos circenses, sessões de cinema e demais eventos ofertados ao público em geral, mediante cobrança de entrada, tenham seu o horário de início divulgado em todas as formas de mídia utilizadas para sua promoção e expresso de forma clara e visível nos seus respectivos bilhetes de ingresso. (Tribuna de Minas - Juiz de Fora)
Sine dobra inserções no mercado
Os sete meses iniciais de 2017 totalizaram aumento na inserção profissional no mercado formal de Araxá, através do trabalho feito pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine). Foram captadas 408 vagas nas empresas e 290 pessoas foram inseridas no mercado de trabalho. De janeiro a julho de 2016, foram 150 pessoas empregadas através das vagas oferecidas no Sine. Durante todo o ano, foram 374 postos preenchidos. Para a coordenadora, Carina Araújo Rodrigues, o comparativo reforça o trabalho contínuo do Sine em estabelecer parceria com as empresas atuantes em Araxá. (Diário de Araxá)
DO PÃO DE QUEIJO E DA INOVAÇĀO
STEFAN SALEJ
Nos mercados globais, Minas Gerais é sinônimo de pão de queijo, café e cachaça. Para produzir um bom pão de queijo, precisa-se de polvilho e queijo. Misturando tudo isso e mais alguma coisa, faltava que esse produto maravilhoso da culinária mineira pudesse ser oferecido fora do cozinha da casa onde era feito. Gostoso é pão de queijo quentinho com cafezinho feito na hora. E aí entra na história a professora doutora Ana Maria e sua equipe da Universidade Federal da Viçosa, que descobre como congelar a massa do pão de queijo. E o projeto foi financiado pelo Sebrae Minas.
Os resultados estão aí: uma indústria bilionária, cuja cadeia produtiva emprega milhares de pessoas e leva o produto aos quatro cantos do mundo. A professora deve estar aposentada e ninguém mais lembra dela e da equipe (as tais pesquisas acadêmicas), nem ela nem a universidade na época dirigida pelo atual presidente da FAPEMIG, prof. Evandro Villela, receberam um tostão e nem o Sebrae Minas recebeu compensação financeira pelo que fez. Mas, a economia de Minas, gerando empregos, e as empresas competitivas, sim, existem e estão prosperando.
A cachaça artesanal mineira, outro produto cujos preços estão proibitivos, mas mesmo assim é um produto global, atingiu sua qualidade quando pesquisadores das universidades ajudaram a melhorar a qualidade, introduzindo métodos de produção e controle de qualidade comparáveis à produção do conhaque francês. E ai entrou o marketing, com esforço empresarial, que também levou a mais empregos e mais resultados positivos das empresas.
Do café arábica Minas, marca reconhecida mundialmente, aos cafés gourmet, o caminho foi longo e persistente. Também neste caso as universidades tiveram um papel fundamental. A aliança de cafeicultores com pesquisadores elevou a qualidade e colocou no mercado mundial produtos que fogem à especificação comum de café commodity para atingir preços que compensam a qualidade oferecida.
Há outros exemplos, como o nascimento do projeto Cerrado na agricultura, que começou na antiga Escola de Agricultura de Lavras e faz hoje do Brasil uma potência agrícola mundial. A corajosa iniciativa de formar um núcleo de Biotecnologia, a BIOMINAS em Belo Horizonte, a fábrica de chips com cooperação com suíços, e algumas outras iniciativas que hoje têm sua expressão maior em centenas de start up, que crescem como cogumelos após a chuva pelo estado afora.
Os desafios porém sao maiores, porque a saída da crise brasileira passa pela transformação da sua economia copiadora em uma economia inovadora. E para isso não faltam nem pesquisadores, nem universidades, nem dinheiro. Claro que o sistema acadêmico vive reclamando da falta de recursos, principalmente neste momento, esquecendo que temos 30 milhões de desempregados e estamos em um processo de reajuste econômico onde todos temos que perder os anéis, principalmente os políticos, para não perder os dedos.
O grande problema nosso é acreditarmos que a inovação é o único caminho para melhorarmos o país. Precisamos ter coragem para criar alianças que produzam resultados em uma economia digital, de blockchain, de big data, de analytics, de inteligência artificial, de indústria 4.0, de física quântica etc.
Estamos de costas para o futuro, investindo em tecnologias que produzem resultados parcos mas não nos colocam na frente da corrida para a conquista do mundo. Investimentos bilionários que atendem a uns, como laboratórios de alta tensão, centro de tecnologia ex-estatal para atender industrias fora do estado, pesquisas repetidas em dezenas de universidades no estado, nos obrigam a repensar urgentemente a nossa política de inovação, incluindo centenas de start up que produzam resultados palpáveis para a economia do estado.
STEFAN SALEJ, consultor empresarial, ex-presidente do Sistema Fiemg e Sebrae MG