Publicado em 02/08/2018 - educacao - Da Redação
Solenidade reúne autoridades e representantes do setor
para celebrar a promulgação da medida pela Mesa da Assembleia.
Em comemoração à promulgação da Emenda Constitucional
(EC) 97, que garante a obrigatoriedade de pagamento do piso nacional do
magistério aos servidores da educação básica no Estado, parlamentares e
representantes do setor se reuniram em um ato público no Salão Nobre da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A norma, promulgada pela Mesa da Assembleia e publicada
no Diário do Legislativo na quinta-feira (2/8/17), é oriunda da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 49/18, de autoria coletiva de 73 deputados e
aprovada no dia 25 de julho, no Plenário.
A remuneração dos servidores deverá ser reajustada na
mesma periodicidade e percentual adotados na atualização do piso nacional, que
será pago aos profissionais com jornada de 24 horas semanais das oito carreiras
da educação básica.
Primeiro signatário da proposta, o deputado Rogério
Correia (PT) destacou a importância dessa e de outras conquistas para o
segmento, como o fim da remuneração por subsídio e o Adicional de Valorização
da Educação Básica (Adveb), ratificado por meio de outra PEC encabeçada por
ele.
Especificamente sobre a EC 97, o deputado ressaltou as
inovações em relação à legislação federal, como a extensão do piso do
magistério para as outras categorias e a jornada de trabalho estabelecida.
“Cumprir o piso relativo a até 40 horas semanais (como previsto em âmbito
nacional) não é vantagem nenhuma”, salientou.
Outro benefício trazido pela norma, de acordo com Rogério
Correia, é a dispensa de aprovação periódica de projetos para que os valores do
piso em Minas sejam reajustados de acordo com o nacional. A diferença do que
está sendo pago hoje no Estado em comparação ao piso é de cerca de R$ 300 por
servidor, explicou.
Política de Estado – “Essa emenda estabelece o piso como
uma política de Estado, não de governo”, pontuou Jairo Nogueira Filho,
secretário-geral da seção mineira da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG).
Para Paulo Henrique Fonseca, diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), a medida marca o que também considera uma
retomada da valorização da educação.
Deputados destacam importância da mobilização da
categoria
A deputada Celise Laviola (MDB), presidente da Comissão
de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, e os deputados Dirceu Ribeiro
(Pode), Doutor Jean Freire (PT) e Inácio Franco (PV) – que, na condição de
3º-vice-presidente, representou o presidente Adalclever Lopes (MDB) na
solenidade – abordaram não só a atuação da Assembleia em defesa do piso, como a
importância da mobilização da categoria no processo de convencimento dos
parlamentares.
“A luta dos servidores foi fundamental. Sem essa união, a
PEC dificilmente teria passado”, opinou Celise Laviola. Doutor Jean Freire
aproveitou para reivindicar a participação do segmento em outras causas, como a
demanda por melhorias na estrutura das escolas públicas.
Panorama – Segundo o secretário de Estado de Educação,
Wieland Silberschneider, a promulgação do piso reafirma um compromisso com o
setor que envolveu ações como a nomeação, desde 2015, de 54 mil servidores (83%
deles professores), a valorização média dos salários em 48% e o descongelamento
das carreiras. Sobre as dificuldades impostas pela crise financeira para o
pagamento do piso, ele ponderou que a emenda constitucional torna mais difícil
um recuo em relação ao que acaba de ser pactuado.
Assessoria de Imprensa da ALMG
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