Publicado em 19/11/2014 - educacao - Da Redação
Atividades, que ocorrem durante a semana, dentro e fora do Unifeg, são cada vez mais procuradas como forma de progresso nas vidas de que já havia se esquecido de si mesmo 
A edição deste ano, que é a 14ª, desde que a FATI foi criada, no ano 2000, pelo então diretor das faculdades isoladas FAFIG/FACEG, padre Antônio Roberto Ezaú dos Santos, culminará no sábado, 22 de novembro, a partir das 19h, no Teatro Municipal, onde ocorrerá o evento “4ª Mostra FATI/Talentos”. Na ocasião, participantes das diferentes oficinas exibirão o que aprenderam durante todo o ano, com os auxílios dos professores (do Unifeg e Dom Inácio) engajados no referido projeto.
Com tantos anos de atuação, a FATI/Unifeg conta hoje com dezenas de pessoas, das quais boa parte garante que suas vidas foi transformada, para melhor, com o programa filantrópico da FUNDEG: Irinéia Aparecida Costa Lima está no projeto desde o início: “Deixo tudo o que tiver em casa para vir às aulas. Principalmente, nas atividades de quinta-feira, quando todos os participantes se encontram no salão nobre para ouvir e dividir suas histórias. Hoje, estou na Fati/Livros também e isto me completa. Há dias que consigo escrever coisas bonitas, outras vezes não, mas, enfim, estamos todos juntos, num ambiente maravilhoso”, ressaltou ela.
Também Maria Geralda de Andrade está entre as mais assíduas alunas: “Estou na FATI há mais de cinco anos e só eu sei o quanto esta FATI é, para mim, uma complementação de vida. Hoje, após chegar à terceira idade, pensei que ia só fazer papel de ‘vovó’, mas encontro aqui um espaço só meu, com as professoras dedicadas, os amigos que fiz e toda a produção. Na oficina de Livros, encontrei um ambiente mais do que especial, com uma vibração muito forte e bonita, a amizade dos colegas e o carinho da professora. Os textos que são trazidos para nossos estudos, inclusive, têm me remetido a um período que já não fazia mais parte de minha vida. Eu elaboro os textos, em casa, quando retorno ao passado e passo, assim, a registrar passagens importantes”, relatou.
Ainda das turmas iniciais, Maria Cecília Leite Ribeiro: “De todos os professores, não me esquecerei mais das aulas do professor de História, Marcos Rezende, pois ele é sabido demais e consegue nos transmitir tudo o que sabe. Não que os demais professores não sejam, pois aqui não há aquele que deixe algo a desejar. São, na verdade, amigos valiosos que jamais pensei em ter”, disse ela, cujas palavras foram endossadas pelo ‘novato’ Dimas Souza, que iniciou-se este ano na FATI/Unifeg: “Tenho formação superior, mas vivo entre pessoas simples. E, por isto mesmo, sei que se a gente não procurar evoluir mental e intelectualmente, há uma tendência a ‘enferrujar’. E, então, não queria me ‘enferrujar’ com a chegada da idade, sendo que por este motivo procurei a FATI, onde me sinto muito bem”, disse ele.
REDESCOBRINDO-SE
Sebastiana Maria da Silva, da FATI/Livros, não vê a hora de apresentar suas novas autorias, no livro: “Costumo comentar que a FATI, para mim, foi uma espécie de renascimento, pois criei e eduquei meu filho, quando achei que já não tinha mais nada a fazer. Então, meu filho me convenceu a vir, pois sozinha não teria chegado, tamanho era meu medo de reintegrar-me na sociedade. Contudo, quando fiz meu primeiro texto, na FATI/Livros e a Bete me elogiou, senti que estava renascendo, que havia coisas que ainda precisava conquistar, como, por exemplo, o amor que tenho pelas Letras. Tenho, agora, mais urgência, pois o tempo é mais curto. Por fim, só tenho que agradecer às professoras Bete e Adriana, que se dedicam plenamente a nós”.
Maria de Lourdes Antônia, também da FATI/Livros, externou: “Estou na FATI há três anos e considero esta tarefa muito importante. Participo do teatro e de todas as atividades que me oferecem. Só tenho elogios às professoras Adriana Carvalho, a Bete e outras mais, pois aprendo muita coisa boa com elas”, ressaltou. “Eu procurei a FATI para fazer informática, pois não sabia nada e via que todos dominavam tão bem o computador. Aí, vim e entrei também na Fati/Livros, quando me redescobri! Hoje, tenho muitos amigos novos, ‘viajo’ com os temas de nossas aulas e passei a me valorizar ainda mais”, complementou Antonina Marmora, que está na FATI também há três temporadas.
COM PRAZER E DEDICAÇÃO
A professora Adriana Carvalho dos Santos, que atua na FATI há nove anos, não esconde a importância do projeto em sua vida: “Para nós, professores, a FATI não se traduz em palavras, pois é uma troca de histórias de vida que não tem tamanho. Me emocionei com a entrevista da Sebastiana, pois percebemos que tanta coisa que ficou guardada lá no fundo agora aflora, de forma tão linda. Eu acredito que, para eles, também é muito importante, pois a gente vê nas condutas, no olhar e no viver de cada um, o quanto a FATI é fundamental. Recebemos, agora, todo o apoio da nova reitoria, para lançarmos a 4ª edição do livro ‘Reencontros e Emoções’, assim como as outras atividades da FATI Talentos 2014", finalizou a professora.
Também a docente Elizabete Brockelmman de Faria, da área de Humanas no Unifeg, trabalha há quatro anos na FATI/Livros: “Este projeto, sempre digo, é meu objeto de desejo, pois atuo com Literatura há vinte e cinco anos, mas não havia tido esta experiência com pessoas da terceira idade. É uma aula que me acrescenta muito, onde eu mais aprendo do que ensino, pois a cada texto, que ‘invadem’ a vida das pessoas, revela uma história diferente. É uma experiência única, onde todo mundo sai sorrindo, pois a troca é muito importante”, finalizou a educadora.
Fonte: ASCOM / Carlos Alberto