Greve no Instituto Federal de Muzambinho

Publicado em 06/08/2012 - educacao - Da Redação

Paralisação nas universidades já dura mais de 77 dias. Grevistas do campus em Inconfidentes realizaram protesto

O Instituto Federal Sul de Minas, Campus Muzambinho decidiu junto a Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), seção sindical de Muzambinho, pela paralisação dos trabalhos a partir do dia 02 de agosto e, por tempo indeterminado, visto a recusa do Governo Federal em apresentar propostas que façam jus às petições requeridas pela categoria, que compreendem os 12 tópicos seguintes: 1) Reestruturação das carreiras de Docentes e Técnicos – Administrativo, Carreira Docente: Cargo único, com piso de R$ 2.400,00 para 20 horas; 13 padrões, sem diferença de classes; Percentuais de titulação já incluídos na tabela salarial (vencimento básico); Step constante e linear de 5%, etc. Carreira dos Técnicos – Administrativo: Piso de R$ 2.400,00 (mínimo estipulado pelo Dieese); Step constante e linear de 5%;  Racionalização dos cargos;  Reestruturação da malha salarial retomando a estrutura inicial do PCCTAE, etc. 2) 30 horas para todos técnicos administrativos em educação (TAEs) da rede federal de ensino. 3)  Progressão por capacitação por salto para os TAEs. 4) Democratização das Instituições Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. 5) Mudança na lei dos institutos federais, de forma que todos os servidores (docentes e TAEs) possam concorrer e ocupar os cargos de reitor, pró-reitor e diretor geral dos institutos federais e equivalentes. 6) Representação sindical dos trabalhadores (as) no Conselho Superior.
7) Cumprimento da legislação sobre as seguintes questões funcionais: Admissão automática dos títulos do Mercosul. Auxílio transporte. Progressão por capacitação por salto para os TAEs. Progressão docente por titulação. 8) Pela manutenção e ampliação de concursos públicos para docentes e técnicos administrativos em educação da nossa rede com o estabelecimento de um cronograma de ocupação das vagas previstas no Projeto 2.134/2011. 9) Implantação de um Grupo de Trabalho, com a participação do Ministério da Educação (MEC), Sinasefe e Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Técnica e Tecnológica (Conif), para discutir a política de expansão da rede federal de educação básica, profissional e tecnológica. 10) Política salarial para os servidores federais: Reposição emergencial de 22,08% referentes a inflação – IPCA + variação PIB. Mudança na Data base para 1º de maio. Reajuste geral anual da inflação do período. Isonomia entre os três poderes na política de benefícios. 11) Mudanças na MP 568: Retirada das seções e artigos que reduzam o salário dos médicos e demais servidores atingidos. Retirada das seções e artigos que modificam a concessão dos adicionais de periculosidade e insalubridade. Reajuste dos 4% e a incorporação da gratificação nos vencimentos básicos também para os docentes das IFE Militares e dos ex-territórios (todos os docentes da educação na EBTT). 12) Destinação de 10% do PIB para a educação pública.

Mais da metade dos institutos federais de educação estão emgreve no País
Ao todo, 22 institutos tecnológicos de ensino

Mais da metade dos 40 institutos federais de educação tecnológica do País estão sem aulas em função da greve geral dos professores. Ao todo, docentes de 20 institutos e dois centros federais de educação tecnológica se juntaram a paralisação nacional, que já atinge 51 universidades federais.
O movimento grevista nos institutos tecnológicos foi deflagrado, oficialmente, em junho, de acordo com o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
Entretanto, seis deles já haviam aderido à paralisação nacional quando a greve geral foi deflagrada pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) no dia 17 de maio: Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica), Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais, IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais), CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais e o IFPI (Instituto Federal do Piauí). (r7.com)

O Governo
Brasília – Sem ceder às pressões dos professores das universidades e dos institutos federais, o governo enviará ao Congresso Nacional a proposta de reajuste salarial e de reestruturação do plano de carreira apresentada na semana passada. O anúncio ocorreu no dia 1º de agosto à noite depois de quase três horas de reunião no Ministério do Planejamento e representantes das entidades da categoria, em greve há 77 dias. Na quinta-feira (2), o Proifes assinaria o acordo com o governo que ratifica o fim das negociações. O governo não pretende atender a reivindicações adicionais. “Chegamos ao limite do que achávamos possível. Os ajustes já ocorreram ao longo das discussões. A proposta é boa, adequada e tem impacto de R$ 4,2 bilhões no Orçamento”, declarou o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.

O Sindicato e as  conquistas
O coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Gutemberg de Almeida, também criticou o que considera intransigência do governo. “Ao anunciar que vai assinar um acordo com uma entidade que não representa a maioria dos docentes, o governo ignora a categoria. Não compactuamos com esse tipo de postura, que contraria uma promessa de campanha do governo Dilma, que é a valorização da educação”.
De acordo com Oliveira, os professores conseguiram alcançar conquistas significantes com a greve, como o reajuste mínimo de 25% e a diminuição dos níveis de carreira. Ele apresentou uma pesquisa do Proifes com 5,2 mil professores de 43 universidades e institutos federais na qual 74,3% dos entrevistados responderam favoravelmente à proposta. (ariquemesonline.com.br).