Maratona a favor do respeito realizada no Colégio Dom Inácio em Guaxupé

Publicado em 24/09/2015 - educacao - Da Redação

Maratona a favor do respeito realizada no Colégio Dom Inácio em Guaxupé

O Colégio Dom Inácio, juntamente com a neuropsicóloga Ana Rita Souza, estão trabalhando o Projeto Bullying em toda comunidade estudantil, que vai desde o berçário até o Cursinho Pré-Vestibular, entenda mais sobre o projeto na apresentação abaixo e acompanhe as atividades dos alunos no site do colégio e nas redes sociais.

Uma palavrinha difícil é comumente encontrada no ambiente escolar, ecoa facilmente das boquinhas dos pequenos – “estou sofrendo bullying!” ou “ele está fazendo bullying comigo”. Pouco sabem sobre esse termo, mas já associam a palavra ao ato de agressão verbal ou física sofrida por colegas da escola, bem como aos efeitos deste ato sobre suas vidas. 

Existem diversas definições sobre o bullying, entretanto, o que basicamente distingue esse processo de outras formas de agressão é o caráter repetitivo e sistemático e a intencionalidade de causar dano ou prejudicar alguém que normalmente é percebido como mais frágil e que dificilmente consegue se defender ou reverter a situação (Samivalli, 1998). 

Este conceito é bastante estudado, veiculado e citado, entretanto, o conceito de RESPEITO anda banalizado: 

Respeito define-se por ato ou efeito de respeitar-se, ter consideração pelo outro, compreender as diferenças, desculpar-se, reconhecer uma falha. Agir respeitosamente sugere procurar ser melhor a cada dia, consigo mesmo e com o outro, compreendendo-o na sua singularidade. Esta, bem como outras ações simples de cunho moral, se desenvolvidas desde criança, fomentarão pessoas brilhantes e capazes de estabelecer relações saudáveis. 

Em muitos casos, brincadeiras ingênuas e imaturas, mas que sugerem desrespeito ao outro, podem ser trabalhadas pelos pais e pela escola para que não perdurem e causem prejuízos às crianças e jovens.

 Durante a vida passamos por diversas situações que propiciam o sentimento de inferioridade ou impotência. É neste momento que precisamos exercer o autoconhecimento, identificar as razões pelas quais tal ato nos incomoda e focar no desenvolvimento da autoestima. Muitas vezes ouvimos determinados apelidos ou comentários maldosos, devemos relevar e identificar quem somos e nos conscientizarmos de que aquela característica não condiz com a nossa personalidade. Entretanto, é possível aproveitar a oportunidade para refletir sobre o que você está mostrando através das suas atitudes e que levam a uma percepção errada sobre você. Desta forma é possível ter uma vida mais tranquila, pois você deixará de se incomodar com o que as pessoas pensam a seu respeito, quando está seguro de que tem feito o seu melhor. 

Um dado importante e muitas vezes pouco divulgado é que o “bullying” acontece em vários ambientes sociais e muitas vezes dentro de casa. Dizer que o filho não é capaz de realizar algo, bem como criticar sua aparência física, responsabilizá-lo por atitudes impensadas dos pais, também é considerado agressão moral. Muitas vezes isto se reflete na escola, quando algum colega aponta determinada característica e a criança já está sensibilizada com aquilo. Esse pode ser um terreno fértil para que se formem os conflitos. 

Atualmente, com o fácil ao acesso à internet, ofensas e humilhações estão sendo disseminadas. Espalhar fotos não autorizadas e fofocas são apenas alguns exemplos do que se chama de cyberbullying ou bullying pela Internet. No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Violência emocional também é violência e está longe de ser uma atitude legal que contribua para uma boa convivência. Os responsáveis precisam acompanhar e orientar as crianças e adolescentes sobre a gravidade de tal ato e principalmente ser o exemplo.

“Educamos muito mais pelo que somos do que pelo que falamos.

Devemos educar sempre e, se necessário, usar as palavras.”

Augusto Cury 

As escolas têm o papel fundamental de orientar, acolher, e ajudar a ensinar conceitos e atitudes morais e de valores, no entanto, a família precisa participar ativamente valorizando e potencializando as qualidades da criança, procurar recursos para ajudá-la e principalmente ser o exemplo de respeito e tolerância para que assim possam ter uma referência familiar pautada na promoção do próprio bem estar e no cuidado com o próximo. Esteja sempre presente, seja parceiro da escola e acompanhe de perto esta fase fundamental do desenvolvimento. Observe o comportamento do seu filho, oriente com sabedoria para que cresçam emocionalmente saudáveis, converse, seja firme e transmita segurança, ouça-os, principalmente nos momentos em que não nos falam nada, mas muito nos querem dizer.

Ana Rita de Souza (Neuropsicóloga - CRP/0439995)

 ( Thaisa Salomão- Assessoria de Comunicação e Eventos do Unifeg)