Secretária relata ações da educação de Muzambinho na Câmara Municipal

A Secretária Municipal de Educação em Muzambinho teve seu nome envolvido em polêmica na Câmara de Vereadores devido à possível desapropriação do prédio da Coomam. Na sede da antiga cooperativa, a atual administração implantou uma escola infantil que está atendendo mais de 300 crianças. Alguns vereadores questionam o valor sugerido de R$ 200 mil. Nesta semana, a Secretária Marli Dias Salomão  (foto) prestou esclarecimento à nossa reportagem e respondeu críticas sofridas.

Inicialmente, Marli revelou que o município tem obrigação legal de atender a educação infantil (crianças de 4 e 5 anos de idade). Com isso, o atual governo passou a estudar o plano municipal de educação, que deveria ter sido implementado em 2005 e colocado em prática em 2006. Em 2008, eram 3 turmas atendidas em sala no conhecido “prédio da freiras” (Rua Salatiel de Almeida). Além do pouco espaço, havia o problema do trânsito, colocando em risco a integridade das pessoas. Neste ano, diante da matrícula de mais 9 turmas, considerou-se que a antiga sede da cooperativa seria o espaço ideal. Hoje, já são 12 turmas, atendendo crianças de 4 e 5 anos (educação infantil) e 6 anos (educação fundamental).
Diante da necessidade de urgência por um espaço adequado e falta de orçamento específico para a construção de uma nova escola, a administração municipal optou por implantar a Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus na antiga sede da Coomam. O prédio estava fechado há 7 anos e foi considerado apropriado diante do número de turmas a serem atendidas. Além disso, o local oferece a segurança necessária. As adaptações no prédio foram iniciadas no dia 16 de janeiro. Além da escola infantil, o local deverá abrigar a Secretaria Municipal de Educação e um espaço cultural.

CRÍTICAS NA CÂMARA – Marli garante que em nenhum momento houve a intenção de prejudicar os cooperados. Revelou que não falou “do” vereador Gilmar Labanca, mas falou “para” ele. Portanto, nunca agiu de má fé, como foi acusada. Mesmo diante de suas argumentações, o vereador acabou não entendendo, pois afirmou que o valor sugerido (R$ 200 mil) é muito pequeno. Para a secretária, os vereadores devem caminhar juntos numa ação solidária em respeito ao município.

NOME E ENDEREÇO DA ESCOLA – Respondendo críticas do vereador Márcio Dias, a secretária explicou que o nome “sugerido” é Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus. Ela lembra que no local as portas se fecharam, deixando mágoas e até mesmo causando morte. Agora, o desejo é de proteção divina para que as portas fiquem abertas e que as crianças tenham muito sucesso na vida escolar. Diante das críticas, Marli adiantou que o julgamento cabe à Superintendência Regional de Ensino em Poços de Caldas, responsável pelo envio da documentação à Secretaria de Estado da Educação. Assim, ainda não existe documentação com o nome Sagrado Coração de Jesus. Na verdade, a escola é o segundo endereço da Escola Municipal Francisca Bianchi. Mas não é o quarto endereço, como disse o vereador, pois não existem outras crianças sendo atendidas em outros locais.

RISCO DE SER FECHADA – Indagada a respeito, a secretária considerou esta possibilidade improvável. Mas alertou que existe a dependência de aprovação dos vereadores. Além disso, Estado e União podem requerer a propriedade do prédio. Assim, a luta do município ocorre no sentido de “furar a fila” e conquistar o patrimônio que já foi seu. “Se o Estado ou União requerer o prédio, a escola tem que sair de lá. Onde vamos colocar mais de 300 alunos?”, questionou. Marli anunciou que em 2010 serão 15 turmas a serem atendidas.

SOCIAL E FAMILIAR – Na visão da secretária, a nova escola é importante em diversos aspectos. “É uma aula particular de graça”, resumiu. Principalmente, porque a equipe esta atuando com idealismo e profissionalismo. A escola é aberta aos pais, buscando a participação da coletividade. Prova disso, que diversas dificuldades e obstáculos já foram superados. “Vamos fazer acontecer”, finalizou. Diversos projetos são pretendidos como quadra, teatro e parque municipal. A intenção é que todas as ações sejam desenvolvidas e conquistas alcançadas com a participação da comunidade em geral.