Coluna Minas Gerais - Noticias diárias

Publicado em 16/01/2017 - geral - Da Redação

Coluna Minas Gerais - Noticias diárias

MPF indicia ex-prefeita de Valadares

            A ex-prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa (PT), foi indiciada por ações de improbidade administrativa pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais (MPF). As ações são referentes a atos cometidos em sua gestão na cidade. Ela assinou a solicitação dos recursos, as autorizações de dispensa de licitação e os contratos com duas empresas citadas nas investigações. As empresas foram contratadas de forma ilegal, usando recursos federais enviados para socorrer o município que sofria com os estragos causados pelas fortes chuvas de 2013. Os serviços contratados não poderiam ser utilizados, pois não tinham aprovação da Secretaria de Defesa Civil (Sedec), além de não constarem no Plano Detalhado de Resposta. 

Agentes sem emprego em Três Corações

            Pelo menos 105 agentes comunitários de saúde de Três Corações, no Sul de Minas, não tiveram o contrato de trabalho renovado para este ano e estão sem emprego. Alguns funcionários já estavam na função há 18 anos. Os agentes também dizem que o desligamento deles foi avisado por aplicativo de celular. Todos os funcionários dos 14 postos de saúde da cidade se reuniram e procuraram um advogado no final do ano passado. O contrato temporário realizado pela prefeitura estaria dentro da lei, mas o tempo em que esses contratos foram renovados não. 

TJMG empossa 25 novos juízes

            Foram empossados na semana que passou mais 25 candidatos aprovados no concurso para ingresso na magistratura. A solenidade foi conduzida pelo desembargador Herbert Carneiro, presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no auditório Ministro Carlos Fulgêncio da Cunha Peixoto. Em seu discurso, o presidente destacou que, em vista do grave cenário econômico atual, a posse desses novos vinte e cinco magistrados demonstra o grande empenho do Tribunal em oferecer uma justiça eficiente ao cidadão em todo o estado, mesmo diante das dificuldades. A nova turma de magistrados ainda passará por curso de formação antes de iniciar a atividade judicante.

 Vale da Eletrônica entrega a Comenda

            O Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), realizou na semana que passou a entrega da Medalha Sinhá Moreira, em Santa Rita do Sapucaí. A empresa premiada na categoria Empresa Inovadora foi a Biquad Tecnologia; a empresa com o maior crescimento do número de funcionários no período de julho de 2015 a agosto de 2016 é a DL Eletrônicos, que ocupa o posto de maior fabricante de tablets para as classes C e D no Brasil; e na categoria Personalidade Ilustre o homenageado foi o Prof. Doutor José Cláudio Pereira, diretor do Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação - FAI, instituição de ensino superior que há 45 anos contribui para o desenvolvimento do Vale da Eletrônica. 

Medalha estimula desenvolvimento

            A Medalha foi criada em 2011 pelo Sindvel para perpetuar a memória de Sinhá Moreira, precursora do Vale da Eletrônica, polo de indústrias de tecnologia situado no sul de Minas Gerais, hoje internacionalmente conhecido como APL de Eletroeletrônicos de Santa Rita do Sapucaí. A Comenda Sinhá Moreira é entregue anualmente a pessoas, entidades e empresas que tenham contribuído para o desenvolvimento tecnológico, industrial, econômico e social do Vale da Eletrônica. Registrando números equivalentes aos de 2015, o Vale da Eletrônica continua lançando produtos inovadores no mercado, sem fechamento de fábricas e sem demissões em massa.

 Corte de energia prejudica produtores

            Os produtores de leite em Prata, no Triângulo Mineiro, reclamam que a falta de energia elétrica se tornou rotina na região. A reclamação é que o que era pontual, virou rotina. Segundo o gerente do Departamento Técnico da Cooperativa dos Protudores Rurais de Prata (Cooprata), Valmir de Castro Dias, como a margem da produção de leite é pequena, muitos produtores estão abrindo mão da atividade. "A gente deve perder em torno de uns R$ 150 mil por ano, às vezes mais do que isso. Só o prejuízo da falta de qualidade, porque quando o leite perde quem paga é o produtor", afirmou. A Cemig não se pronunciou. 

Divinópolis com risco médio de epidemia

            O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) em Divinópolis de 2017 colocou o município em situação de alerta, já que o resultado de 3,10% aponta para um médio risco de epidemia. O levantamento foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). A pesquisa foi feita no município de 2 a 6 de janeiro. A região com maior índice de infestação é o Centro e região Nordeste, que apresentaram alto risco, segundo os dados. Os agentes de saúde visitaram 4.922 imóveis em uma semana. 

Em Minas, a situação já preocupa

            Com o período quente e com chuva, Minas Gerais volta a se preocupar com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Em apenas nove dias, o estado já notificou 193 casos suspeitos de dengue, média de 21,4 a cada 24 horas. Os dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira. No ano passado, foi registrado o maior número de notificações da doença dos últimos 10 anos. No total foram 528.244, com 254 mortes.

 ARTIGO DE OLAVO MACHADO JUNIOR - PRESIDENTE FIEMG

 "É preciso identificar quem está com Minas, quem está contra Minas e até quem está em cima do muro."

 

 Em 2018 tem eleição 

Por Olavo Machado Junior

             Para não falar do básico - saúde, educação e segurança -, obras viárias estratégicas para a logística de transporte de Belo Horizonte e de Minas continuam engavetadas no Ministério dos Transportes, em Brasília, aguardando que sobre elas também se manifeste o Palácio do Planalto, que continua silencioso. Mesmo sendo prometidas à exaustão nos últimos anos dos governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, dos quais o PMDB do presidente Michel Temer participou fortemente, não saíram do papel.

            As obras do Anel Rodoviário e do metrô de Belo Horizonte, além da duplicação da BR-381, no trecho que vai da capital mineira até Governador Valadares, basicamente permanecem sendo só promessas. O Anel e a 381 são também conhecidos como "pistas da morte", em razão do grande número de acidentes que registram, provocando a morte de muitas pessoas.

            E as perspectivas para 2017 são igualmente preocupantes. Notícias publicadas na segunda-feira, 9, informam que as obras de ampliação do metrô de Belo Horizonte estão totalmente fora dos planos do governo federal para este ano. Elas chegaram a ser incluídas, em 2010, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado ainda no governo do presidente Lula, mas os poucos recursos liberados foram suficientes apenas para a sondagem do solo. Durante muito tempo, a população via tapumes isolando algumas áreas, com a informação de que ali se realizavam estudos dedicados ao trem urbano. Certo é que a cidade ganhou muitos buracos, e o metrô não andou nem um metro sequer.

            Com as obras de revitalização do Anel Rodoviário, a mesma coisa. Muitas promessas, muitas visitas eleitoreiras, muita enrolação e nenhuma obra. O que se viu nos últimos anos foi uma infinidade de acidentes gravíssimos, com vultosas perdas materiais, vítimas com ferimentos e muitos mortos. Nenhum recurso, nenhuma obra. Nem sequer foi realizada a transferência dos moradores das margens do Anel - providência sem a qual não se pode revitalizar essa via, tampouco duplicá-la, onde for necessário. Em nenhum momento levou-se em conta a vida das pessoas que lá residem.

            É importante lembrar da importância do Anel para a logística de transporte, que é fundamental para o próprio país: ele é um "anel aberto" e uma via natural de acesso a outros lugares: Rio de Janeiro (BR-040), portos capixabas (BR-262), São Paulo (BR-381 - Rodovia Fernão Dias) e Brasília (BR-040).

            Estão previstos, no orçamento federal de 2017, R$ 334,9 milhões para as obras de duplicação da BR-381. Não é hora de abrirmos mão desses investimentos em infraestrutura. Minas Gerais e os mineiros não aceitam mais esse descaso e exigem respeito à sua história e à contribuição que oferecem ao Brasil.

            Temos a segunda maior população do país - e também temos o segundo maior colégio eleitoral e a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, com força suficiente para parar o Congresso Nacional, se for o caso.

            Minas produz expressiva parcela das exportações brasileiras, o que gera divisas. Também têm origem no estado mineiro o café e minerais diversos, principalmente o minério de ferro - e isso não é de hoje, vem de muitos séculos. Nossos rios são fundamentais para gerar a energia que movimenta a economia e a indústria nacional. Ademais, cuidar da logística de transporte de Minas é contribuir com o país, pois Belo Horizonte é, certamente, o mais importante entroncamento logístico que une as diversas regiões brasileiras.

            Em 2018, mais uma vez, teremos eleições nacionais. Vamos eleger os novos deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e o presidente da República. O voto é a nossa arma mais poderosa, sendo o nosso partido Minas Gerais e, por consequência, o Brasil. No entanto, enquanto as eleições não chegam, Minas e os mineiros esperam que os seus representantes no Congresso Nacional se posicionem em defesa dos interesses do estado e trabalhem com energia, soberania e união em questões relevantes e estratégicas, como as eleições para a presidência e demais cargos das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado.

            Não podemos admitir um governo em que não exista a participação de mineiros no primeiro escalão! Onde estão os representantes do nosso estado no ministério e nos demais cargos de relevância governamental? Se a estratégia é impedir a participação de Minas no governo central, é razoável concluir que este talvez seja um governo não plenamente confiável - e aí o problema fica muito maior, tanto no âmbito estadual quanto nacional.

            Minas Gerais jamais admitiu andar a reboque de interesses que não sejam os do estado. E não será agora que irá admitir. Estamos atentos ao que acontece no plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e também nos gabinetes da Esplanada dos Ministérios. É preciso identificar quem está com Minas, quem está contra Minas e até quem está em cima do muro. A palavra está com os nossos políticos. A partir do comportamento deles é que decidiremos corretamente o nosso voto em outubro de 2018.

OLAVO MACHADO JUNIOR é presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.

 ascom