Bancários se reúnem em assembleia nesta quinta (01) para definir greve

Enquanto a categoria reivindica reajuste de 16%, bancos oferecem 5,5%, bem abaixo da inflação do período

Após a apresentação da contraproposta da Fenaban, a categoria bancária em todo o país decidirá nesta quinta (01) os rumos da Campanha Nacional 2015. Os trabalhadores decidirão em assembleia se aprovam o quer foi oferecido pelos bancos ou se cruzam os braços a partir do dia 6. 

Na Zona da Mata e Sul de Minas, o Sintraf JF realizará assembleia na noite desta quinta, às 18h30 em primeira convocação e 19h em segunda convocação, na Sede Social do Sindicato (Batista de Oliveira, 745 – Centro). 

De acordo com o presidente do Sintraf JF, Robson Marques, a orientação do Comando Nacional dos Bancários – que representa a categoria nas mesas de negociação – é de rejeição da proposta. “A proposta dos bancos é, no mínimo, desrespeitosa. Enquanto a categoria reivindica um reajuste de 16% (inflação mais 5,7% de ganho real) os bancos sequer propõem repor as perdas salariais, oferecendo 5,5%. Não há argumento para uma proposta tão rebaixada, uma vez que o lucro dos bancos não para de crescer”, afirma Robson. 

Os cinco maiores bancos do país (Itaú, BB, Caixa, Bradesco e Santander) lucraram juntos mais de R$ 60 bilhões somente em 2014. Em 2015 os ganhos cresceram mais de 40% no primeiro semestre para Itaú, BB, Bradesco e Santander na comparação com os primeiros seis meses de 2014.

O dirigente ressalta que as reivindicações da categoria vão muito além das cláusulas econômicas. “Queremos mais segurança nas agências, mais contratações, convocações dos aprovados no BB e Caixa, fim das metas abusivas e do assédio moral e fim à discriminação”, explica. 

Principais reivindicações 

• Reajuste salarial: 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
• PLR: 3 salários mais R$7.246,82
• Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
• Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
• Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
• Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
• Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Assessoria de Comunicação Sintraf JF