Publicado em 14/06/2019 - geral - Da Redação
Convênio celebrado entre Estado e a companhia busca administração mais eficiente e melhor aproveitamento do imóvel
O governador Romeu
Zema assinou, na quarta-feira (12/6), despacho governamental celebrando
convênio de cooperação entre o Estado de Minas Gerais e a Companhia de
Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) para a gestão do Palácio das
Mangabeiras, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O acordo tem
como objetivo implementar ações que agreguem mais eficiência na administração
do espaço e melhor aproveitamento do imóvel.
Romeu Zema destacou o seu compromisso com a boa
gestão dos recursos públicos. “Estou extremamente satisfeito porque
estamos cumprindo mais um compromisso de campanha. Até 31 de dezembro, no
Palácio das Mangabeiras trabalhavam 32 funcionários exclusivos para atender o
governador e sua família. Esse gasto, desde o dia 1º de janeiro, foi reduzido a
zero. Não moro aqui, aluguei uma casa próxima à Cidade Administrativa e
evitamos essa despesa. Em um Estado falido, o exemplo tem que vir de quem
governa”, afirmou.
Segundo
o governador, a partir de agora, o espaço poderá ser utilizado como um bem
público para a população. “Estou tendo o privilégio de, pela primeira vez na
história de Minas, abrir para visitação, para o público que tiver interesse, o
Palácio das Mangabeiras, que foi a residência oficial do governador nas últimas
décadas. É um espaço que é público, mas que sempre teve caráter privado e, do
meu ponto de vista, sempre foi um excesso. Temos o maior interesse em
preservá-lo, não para que alguém use em privilégio próprio, mas para que sirva
como uma atração cultural para a população de Minas”, finalizou.
O convênio destaca
a importância da adequada manutenção e preservação do imóvel, que tem projeto
inicial de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins planejados pelo
paisagista Roberto Burle Marx. Como empresa pública indutora do
desenvolvimento, a Codemge tem, entre seus nichos de atuação, o fomento à
indústria criativa e ao turismo, incluindo a administração de empreendimentos e
tendo inseridas em seu objeto social a gestão patrimonial de bens imóveis do
Estado e a exploração comercial de espaços sob sua responsabilidade.
O secretário de
Estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, explica que, entre os usos do
espaço, está a realização da Casacor e exposições de arte. “A ideia
é que a Casacor inicie imediatamente as obras de preparação para o evento, que
deve ser aberto no final de agosto. Ela vai cumprir o que está definido no
contrato, tem uma série de atividades de recuperação definidos pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) para serem preservados e
recuperados. O importante é que o Governo do Estado vai receber de volta, por
meio da Codemge, um imóvel totalmente recuperado, em melhores condições do que
temos agora”, disse.
De acordo com o diretor-presidente em
exercício da Codemge, Alfredo Fischer, o
termo tem vigência prevista de quatro anos, considerando que a gestão do
palácio pela Codemge será temporária, até que sejam concluídos estudos acerca
da destinação definitiva a ser dada ao local. O documento prevê a garantia de
segurança e vigilância de toda a área do imóvel.
Além da
administração do espaço, caberá à companhia realizar a gestão, operação e
exploração do imóvel, incluindo a manutenção de suas características
arquitetônicas e em compatibilidade com a estrutura existente.
O imóvel foi
desafetado por meio do Decreto nº47.667 de junho de 2019. Com a desafetação, a
natureza do bem imóvel foi alterada, deixando de ser um bem de uso exclusivo da
Administração Pública e podendo agora ter outros usos, desde que autorizado por
esta. Sendo a Codemge uma empresa pública, suas ações são regidas e
fundamentadas pela Lei das Estatais (Lei 13.303/16).
Casacor 2019
Estão em andamento
tratativas junto à Codemge para que o Palácio das Mangabeiras possa sediar,
como primeiro evento, a 25ª edição da Casacor Minas Gerais, após manifestação
de interesse dos organizadores na utilização do espaço. Reconhecida como a
maior mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, a
iniciativa está agendada para o segundo semestre deste ano, entre 31 de agosto
e 6 de outubro.
A proposta é que a
Casacor promova, além do evento, benfeitorias, obras de infraestrutura,
restauro, recuperação, manutenção e vigilância do espaço a ser ocupado por ela
durante o período médio de seis meses ao ano, pelos próximos quatro anos. A
ocupação do palácio pelo período restante de cada ano será coordenada pela
Codemge.
O diretor
executivo da Casacor, Eduardo Faleiro, explica que a mostra irá proporcionar
uma série de melhorias para o palácio. “É um espaço simbólico e muito
importante para a cidade, com projeto de Niemeyer e que não está mais no seu
modelo original. A Casacor pode proporcionar diversas melhorias; a partir do
momento em que ela entra convidando arquitetos, designers, paisagistas, cada um
pode contribuir um pouco com esse imóvel”, explicou.
Palácio das
Mangabeiras
Situado no bairro Mangabeiras, o Palácio foi inaugurado em 1955, durante a gestão do então governador mineiro Juscelino Kubitschek. O edifício e sua área adjacente pertencem ao perímetro de tombamento do Conjunto Paisagístico da Serra do Curral, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde a inauguração, o local vinha servindo de residência aos chefes do Executivo mineiro. Em janeiro de 2019, o governador Romeu Zema optou por residir em outro imóvel e dar uma destinação mais ampla e democrática ao Palácio, que tem 42 mil metros quadrados de área.
SEGOV