COLOCAR-SE NO lugar do outro

Publicado em 03/01/2017 - geral - Fernando de Miranda Jorge

COLOCAR-SE NO lugar do outro

“Uma das operações psíquicas mais sofisticadas que aprendemos, lá pelos sete anos, é esta, de tentarmos sair de nós mesmos para imaginar como se sentem as outras pessoas. De repente, podemos olhar para a rua num dia de chuva e imaginar o que, de certa forma, significa sentir o frio que o outro menino lá fora pode passar por estar mal agasalhado”. É a maneira de ver – o que é se colocar no lugar do outro do médico – psiquiatra Flávio Gikovate. A isso chamamos de empatia. Quando nos colocamos no lugar de alguém, levamos conosco nosso código de valores. É isto que acontece conosco e, às vezes, sem nos darmos conta, tornamo-nos autoritários, e desejamos sempre que o outro se comporte conforme nossas convicções. É. É assim que agimos e mandamos esta: Eu no lugar dele agiria assim. É, ou não é? Ou, então, quando ao se colocar dentro do outro, tentando entrar dentro dele e não apenas transferir algo para o outro, mas todo o nosso pensar, o nosso agir, tudo para a cabeça do outro. É o início e o fim da intercomunicação. Vamos parar com isso, gente, e procurarmos entender as pessoas, porque estas diferenças são maiores do que as que aprendemos a ver desde os nossos sete anos. Fácil, muito fácil colocar a culpa no outro de tudo que está errado. Vamos fazer como na Prece da Experiência: Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante. Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões, descobrir que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.  

Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico Correspondente da APC / Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com