Publicado em 06/06/2016 - geral - Fernando de Miranda Jorge
Estamos em crise! Esta afirmativa está presente em todos os canais de comunicação, A análise ou premonição de Eça de Queiroz nos faz acreditar que o processo evolutivo humanitário é lento, quase parando. Estamos em crise, ou ela faz parte da estrutura política brasileira? Hoje, através dos órgãos de comunicação, somos coparticipantes de todos os atos políticos. Apesar de atentos, ainda nos surpreendemos com notícias bombásticas, como o aumento de salário de servidores públicos em geral, aprovado pelos Congressistas com o aval do Presidente da República, apesar da crise. Lendo citações e pensamentos do escritor português José Maria de Eça de Queiroz – o Eça de Queiroz – 1872 a 2011, há 139 anos, não preciso escrever mais nada, senão deixar com o próprio. Vejam: “Ordinariamente todos os Ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência da camarilha, será possível conservar a sua independência?” (Eça de Queiroz, 1867 in o distrito de Évora). E mais: “Os políticos e as fraudas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”. E, “Este governo não cairá porque não é um edifício. Sairá com benzina porque é uma nódoa”. (Em o Conde de Abranches). Acho que dá para entender, não é?
Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico Correspondente da APC / Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com