DOIS ANOS: Tragédia da boate Kiss ainda não tem data de julgamento

Publicado em 27/01/2015 - geral - Da Redação

A terça-feira (27) será lembrada como um dia triste para a maioria dos habitantes da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Há dois anos, 242 pessoas, a maioria jovens, morriam asfixiadas dentro da boate Kiss, após um incêndio provocado por um sinalizador soltado pela banda Gurizada Fandangueira. O uso do artefato, apesar de proibido para ambientes internos, era comum nos shows realizados na boate.

Sem indicações claras sobre as saídas de incêndio e com extintores que não funcionavam, centenas de pessoas perderam as vidas enquanto tentavam achar a saída do local ou salvar outras vítimas. Outras 600 pessoas ficaram feridas no acidente. Há também indicativos de que o local estaria com mais pessoas do que o permitido pela capacidade máxima, que era de 750 pessoas.

Foram responsabilizados pela tragédia os sócios da boate Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. Não há previsão de quando eles serão julgados, mas ainda este ano deverão ser ouvidos pelo juiz, para que se determine se o julgamento será feito perante um júri ou um magistrado. Após essa fase, o juiz ouvirá os 24 peritos que participam da análise do caso, e poderá, inclusive, determinar a realização da reconstituição da noite do incêndio na boate.

A limpeza do local, que incluiu a retirada de cinco contêineres de resíduos só foi realizada em dezembro do ano passado.

Falhas

Insegurança. De acordo com testemunhas e laudos, além de um dos extintores não ter funcionado no momento do incêndio, o alvará fornecido pelo Corpo de Bombeiros estava vencido.

Fonte: O TEMPO