Publicado em 25/06/2020 - geral - Da Redação
Pequenos negócios têm ganhado fôlego ao acessar linhas de crédito especiais com taxas e prazos mais competitivos
Responsáveis pela geração de 60% dos
empregos no estado, pequenas e micro empresas (MPE´s) estão buscando soluções
para enfrentar a crise econômica imposta pela pandemia da covid-19.
Neste cenário, o Banco de Desenvolvimento de
Minas Gerais (BDMG) tem sido aliado de pequenos negócios
como o do comerciante Marinaldo Sales Cardoso, proprietário de uma mercearia de
bairro em Belo Horizonte, e de Luiz Cezar de Alvarenga Menezes, dono,
cozinheiro e gestor de um restaurante self-service em Juiz de Fora, na Zona da
Mata. Ambos recorreram a linhas de crédito do banco para dar fôlego aos
negócios.
Cardoso e Menezes engrossam as
estatísticas do BDMG: só no mês de
maio, foram desembolsados R$ 62 milhões em crédito para micro e
pequenas empresas (MPEs). O valor, um recorde mensal, entra para a história da
instituição como o maior desde a fundação, há 58 anos.
Recorde
Presidente do banco, Sérgio Gusmão
informa que, do início do ano para cá, o BDMG emprestou R$ 155,6 milhões
para as MPE´s, acréscimo de 101% em relação ao mesmo período de 2019.
O montante e o recente recorde no
total de crédito se deve, principalmente, ao desenvolvimento de linhas
especiais para o enfrentamento à covid-19, a exemplo de redução das taxas de
juros com prazo de carência dobrado (válida para MPEs de todos os setores
econômicos) e linhas direcionadas a setores específicos (Saúde, Turismo,
empreendedorismo feminino), além da possibilidade de renegociação de dívidas de
empresas com o banco.
Segundo ele, um dos objetivos do
lançamento de linhas de crédito especiais é aumentar a liquidez do
empreendedor mineiro.
Volta por
cima
Com quase 20 anos de atividades
ininterruptas em Juiz de Fora, o restaurante a quilo de comida mineira e sabor
caseiro quase fechou as portas. "Meu público é formado por estudantes,
aposentados, profissionais liberais, representantes comerciais. Antes da
pandemia, minha média de vendas mensal era de R$ 90 mil. A covid-19
nos afetou de forma violenta. Fiquei fechado por 60 dias e retornamos sem poder
operar em nosso modelo de negócio, já que o self-service foi suspenso em
prevenção à doença. Tive uma queda de 90% do faturamento, precisei
demitir", conta o empresário Luiz Cezar de Alvarenga Menezes.
Para resistir, ele recorreu a uma
linha de crédito do BDMG. "Precisei de capital de giro e encontrei no
banco um processo burocrático mais rápido e taxas mais atrativas, em
comparação a outras instutuições de mercado", detalha.
Com a experiência de conseguir o
recurso quando mais precisou, o empresário destaca que a empresa deve estar com
impostos e obrigações em dia para recorrer às linhas de crédito do BDMG.
"Estamos enfrentando uma grande dificuldade, mas acredito na minha
empresa, na minha gestão e na volta por cima".
Expansão
Marinaldo Sales Cardoso apostou em um
negócio que vende de tudo: gênero alimentícios, limpeza, higiene pessoal e
bebidas em geral. Aberto há dez anos no Bairro Santa Cruz, na região
Nordeste de Belo Horizonte, não sofreu grandes perdas com a pandemia.
"Atendo a moradores do bairro e aos que circulam nas proximidades. Por
isso acredito ter mantido o meu faturamento médio, cerca de R$ 40 mil por
mês".
No entanto, o empresário decidiu
recorrer ao crédito para criar novas oportunidades na crise. "Fiquei
preocupado, como todo mundo, pois a economia não estava bem. Ao mesmo
tempo vi a possibilidade de melhorar o negócio, de aumentar as vendas. Logo
pensei em buscar um capital de giro no BDMG, além de, também, garantir algum
recurso para uma possível piora".
Cardoso afirma que já era cliente do
banco. "Com isso, não houve dificuldade na aprovação do crédito e tudo
saiu no tempo hábil". O empresário afirma ainda que "ter o BDMG como
parceiro é sempre importante, independentemente de crise". E justifica:
"Ter acesso ao capital que você precisa com a melhor taxa do mercado e
prazo suficiente, que não compromete outros compromissos da empresa, representa
uma segurança para o negócio".
Por fim, Cardoso faz uma avaliação
otimista. "A mercearia vai sair da crise da covid-19 melhor do que
entrou." E dá uma dica que vale ouro para os colegas empresários.
"Não espere a saúde financeira de seu negócio piorar para buscar recursos.
Com antecedência, é possível escolher uma instituição financeira que ofereça as
melhores condições. A economia vai precisar de tempo, mas vai voltar a
crescer".
Como
acessar o crédito
Para agilizar e desburocratizar a
concessão de crédito, o BDMG possui uma plataforma digital na internet. Para
iniciar o processo basta seguir os seguintes passos:
- Acesse o site bdmg.mg.gov.br, faça
uma simulação e, após escolher a condição ideal para a sua empresa, inicie o
pedido de financiamento;
- Preencha os dados da sua empresa e
dos sócios. Em poucas horas, você receberá o retorno com a análise da proposta;
- Após a aprovação da proposta, basta
enviar ao BDMG o contrato assinado e os documentos solicitados, via
correio;
- Após o recebimento e a análise da
documentação, o dinheiro será creditado na conta corrente de sua empresa em
poucos dias.
Documentos
são necessários
O critério varia de acordo com vários
fatores, como o segmento que a empresa atua e qual linha de crédito mais
adequada para ela. Ao contrário de bancos comerciais, o BDMG não exige uma
contrapartida da empresa para conceder crédito, como abertura de conta
corrente, aquisição de cartão de crédito ou outros produtos.
Como instituição regulada pelo Banco
Central, o BDMG analisa informações financeiras diversas sobre as empresas, em
linha com os protocolos oficiais vigentes, para autorizar as operações.
Limite de
valores
Os valores também dependem das linhas
oferecidas e da análise feita com base nas informações enviadas pelas empresas.
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