Publicado em 11/02/2019 - geral - Da Redação
A
partir de dezembro de 2019, todas as escolas brasileiras devem estar
completamente adaptados às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Uma dessas diretrizes diz respeito à resolução de problemas dentro do contexto
da Educação Financeira. Segundo a BNCC, no ensino agora “podem ser discutidos
assuntos como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras (rentabilidade e
liquidez de um investimento) e impostos”. Além disso, a Base também diz que
essa abordagem “favorece um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões
culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da econômica, sobre as
questões do consumo, trabalho e dinheiro”.
De
acordo com Lélia Longen Fontana, coordenadora editorial de Matemática da
Conquista Solução Educacional, a orientação não é nova, uma vez que os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) já refletiam sobre a colaboração que a
Matemática tem a oferecer com foco na formação da cidadania, de modo que os
alunos fossem capazes de posicionar-se de maneira crítica, responsável e
construtiva nas diferentes situações sociais. “Nos últimos anos, o ensino de
Matemática tem valorizado a resolução de problemas. A diferença agora é que a
Base deixa claro que devemos envolver contextos relacionados à Educação
Financeira em todas as escolas, públicas e privadas”, expõe.
Essas
mudanças estipuladas pela BNCC já estão aprovadas e entrando em vigor para os
alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Já para o Ensino Médio, Lélia
explica que a Educação Financeira é importante, trabalhando também a
compreensão do sistema monetário nacional e mundial, “o que é essencial para uma
inserção crítica e consciente no mundo atual”. Para ela, ensinar os alunos a
lidar com o dinheiro é muito importante, principalmente porque eles podem ser
agentes multiplicadores dessas discussões junto às suas famílias. “As
experiências vividas ao longo da infância e da adolescência influenciam na
formação de aspectos relacionados à cidadania. A educação financeira está
diretamente relacionada à construção da cidadania. Em tempos de consumismo
desenfreado, é preciso desenvolver o senso crítico dos alunos em relação ao
consumo. Além disso, discutir aspectos ligados ao desequilíbrio financeiro, à
falta de planejamento, ao desemprego e seus efeitos nas famílias torna-se
relevante. Portanto, educar sob o olhar da Educação Financeira é uma maneira de
preparar crianças e jovens para o futuro, favorecendo sua formação cidadã e
tornando-os capazes de estabelecer julgamentos, tomar suas próprias decisões e
atuar de forma crítica em relação aos problemas colocados pela vida em
sociedade”, conclui.
Na
Conquista Solução Educacional um dos pilares é a Educação Financeira, desde
antes da obrigatoriedade do assunto. Um exemplo é o material Empreendedorismo e
Educação Financeira, desenvolvido para os anos iniciais do Ensino Fundamental
(1º ao 5º ano), que anualmente apresenta quatro temas diferentes envolvendo
consumo consciente, sustentabilidade, planejamento financeiro, responsabilidade
social, entre outros, utilizando a linguagem adequada a cada faixa etária. Esse
envolvimento, segue também uma das orientações explicitadas na BNCC: “cabe aos
sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas
de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas
pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em
escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e
integradora”.
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