Publicado em 27/03/2020 - geral - Da Redação
A Prefeitura de São Paulo vai instalar dois mil leitos para atender pacientes com
coronavírus de baixa complexidade. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno
Covas durante agenda no Hospital de Parelheiros, na Zona Sul da capital
paulista. A medida visa liberar espaço nos hospitais municipais para que tenham
disponibilidade para receber pacientes com casos mais graves do Covid-19.
Excelente e exemplar medida da prefeitura de São Paulo, uma das cidades mais
afetadas pelo vírus.
Enquanto
isso, as igrejas estão debatendo se farão cultos e missas (no caso das católicas).
O debate e a postura não devem ser litúrgicos, mas sim de ação para atender as
pessoas carentes e a população de risco, como os idosos, oferecendo amparo e
soluções práticas como, por exemplo, fazer compras em mercados e farmácias, e
até mesmo criar um programa de atendimento aos idosos — como cuidadores e
companhias para aqueles que estão sozinhos e não tem familiares para
acompanha-los.
Por
sua vez, para onde irão os moradores de rua tendo em vista a pandemia? Quantos
templos parados que poderiam oferecer abrigo para essas pessoas que não têm
onde morar.
Um
pastor me ligou dizendo que sua igreja está montando um depósito de alimentos
para prevenir situações na qual a alimentação possa acabar. A verdadeira
religião é cuidar dos órfãos, das viúvas, do pobre e do estrangeiro. Nesse
espaço, não adianta discutir se vamos realizar cultos ou missas. A necessidade
é outra.
Cabe
aos líderes religiosos estarem atentos às necessidades ao redor e mobilizar
seus liderados para que se disponham a ajudar: pão para quem tem fome, roupa
para os despidos e abrigo para os desamparados.
Autor:
Cicero Bezerra é coordenador da Área de Humanidades da Escola Superior de
Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.