MENSAGEM: Hipocrisia nossa de cada dia!

Publicado em 31/03/2015 - geral - Ademir Almeida

MENSAGEM: Hipocrisia nossa de cada dia!

Como nosso coração é falho e totalmente errante. Em dados momentos, nossas falhas vem à tona. Certa vez alguém disse que o caráter se revela nas adversidades. O profeta Jeremias já predisse esta realidade em seus escritos: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17:9). Políticos, advogados, pastores, padres, juízes, profissionais liberais, enfim, ninguém está imune quanto à corrupção que norteia a cada instante a vida humana. A Bíblia menciona que “não há justo, nem um sequer (...) não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (...) “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:10,12,23). Edson Teixeira - Diretor Executivo da Missão Desafio, em uma de suas palestras fez a seguinte afirmação: “Não sou pecador porque cometo pecados, cometo pecados porque sou pecador.” E mais: ``Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Timóteo 3:1-5). A hipocrisia foi uma das atitudes claramente condenadas por Jesus.  Tem-se por hipócrita a pessoa que por si mesma é uma fraude, uma farsa, uma mentira. A vida religiosa dos fariseus e escribas foi reprovada por Cristo. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!; Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!; Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!;  Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mateus 23:25-28). Jesus estava confrontando a falsa espiritualidade. Como muitos dizem por aí: “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Como os fariseus e escribas, às vezes podemos estar coando o mosquito e na verdade, estamos engolindo o camelo (Mateus 23:24). Em maior ou menor grau, a hipocrisia pode estar presente em nós. É fácil termos uma consciência endurecida, não percebermos nossos próprios erros, mas enxergarmos com facilidade e, às vezes, com lentes de aumento, as falhas alheias. Nisto, o próprio Jesus nos faz um alerta em Mateus 7:3-5: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Muitas vezes, as mesmas características que nos aborrecem nos outros, podem estar implícitas em nós. É comum condenarmos algo nos outros que nós mesmos somos reprovados. Portanto, devemos tomar muito cuidado com nossas generalizações e justiça própria. Quantas vezes queremos o perdão, mas dificilmente liberamos o perdão, queremos abraços, mas não distribuímos abraços aos outros, queremos que paguem o que nos devem, mas somos péssimos pagadores, queremos que as pessoas falem bem de nós, mas em nossas palavras ofendemos e espalhamos calúnias do próximo. Devemos considerar melhor o que Jesus já frisou em suas colocações: “Tudo quanto, pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles...” (Mateu 7:12).  Neste artigo, gostaria de acrescentar um pensamento de Ronaldo Lidório, um renomado Missionário e Antropólogo: Um mecanismo que claramente prova nossa espiritualidade são os atos de amor. O oposto do amor também é evidente. Gera incrível tolerância com nossas próprias limitações e fraquezas enquanto torna-se gravemente intolerante com o próximo. Desta forma, se alguém conversa com formalidade, é antipático, mas se nós o fazemos somos respeitosos. Se alguém brada ao pregar, está sendo artificial. Se nós bradamos é sinal de espiritualidade. Se alguém não faz, é preguiçoso, mas se nós não fazemos somos ocupados. Se alguém contrai uma dívida é irresponsável. Se nós nos endividamos é porque recebemos pouco. Se alguém discorda é soberbo, mas se nós discordamos somos criteriosos. Se alguém critica, ele o faz por estar tomado de inveja ou ciúmes. Se nós criticamos estamos sendo zelosos. Se alguém repete um sermão, está sendo desleixado, mas se nós o fazemos Deus quer falar novamente ao seu povo. Se alguém erra, era de se esperar vindo dele. Se nós erramos, errar é humano. Se alguém cai, suas atitudes carnais já indicavam isto. Se nós caímos, o inimigo preparou-nos uma armadilha. Se alguém brinca, está sendo mundano. Se nós brincamos somos informais. Se alguém ofende no falar é descontrolado. Se nós o fazemos somos sinceros. Sim, a ausência de amor falsifica a vida cristã e um dos claros sinais é a grave intolerância com o próximo e a permissividade conosco”. Lembre-se:“Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também” (Mateus 7:2). Diante da triste realidade acima exposta por Lidório, só nos cabe revermos nossas motivações e atitudes perante Deus e as pessoas. É tempo de recomeços e humilhação para termos a consciência de que nós precisamos da graça e misericórdia de Deus. Se o seu coração está pesado ou angustiado neste momento por situações em que falhou, é tempo de arrependimento e mudança de vida.  Deus nos ama, apesar de nossas falhas e pecados. Como diz a letra do cântico de Mariana Valadão: “Mesmo sendo assim, pobre pecador Deus me ama;
Mesmo sendo falho, mesmo sem merecer Deus me ama...”.
O Senhor tem uma vida abundante para nós, apesar de nossas falhas e hipocrisia que podem estar camufladas em nossas palavras, mensagens e atitudes. Reiterando: “as mesmas características que nos aborrecem nos outros, podem estar implícitas em nós”. Até a próxima!

Ademir Almeida - www.missionárioademir.com.br / Missionário, Capelão Prisional e graduando Psicologia (UNIFENAS)