Mercado prevê queda dos juros com governo em exercício

Publicado em 15/06/2016 - geral - Da Redação

Mercado prevê queda dos juros com governo em exercício

Diante de propostas para reorganizar a economia e da tendência de redução dos gastos públicos, analistas projetam queda da Selic

Desde que o governo em exercício tomou posse, em 12 de maio, as expectativas para a economia começaram a melhorar. Dados coletados pelo Banco Central junto ao mercado financeiro mostram que os analistas passaram a esperar mais crescimento e queda nos juros.

Segundo o boletim Focus da última semana, pesquisa feita pelo BC com cerca de 100 analistas, a projeção é de que o governo em exercício termine o ano com uma taxa básica de juros de 13% ao ano. Atualmente os juros são de 14,25%.

Para 2017, a expectativa é de que a taxa continue a cair e encerre o ano em 11,25% ao ano. A tendência de recuo prossegue até 2018, o último ano da atual gestão, quando os juros podem cair para 10,5%.

Se concretizado esse movimento de queda, a taxa de 2018 cairá ao menor nível desde janeiro de 2014. Para que isso se realize, no entanto, é preciso que o governo prepare o terreno e aprove as medidas de recuperação fiscal e econômica que pretende implementar.

Medidas

Propostas como o limite para a expansão de gastos do setor público, que deve ser encaminhada nesta quarta-feira (14) ao Congresso Nacional, contribuem diretamente para a redução da Selic.

Quando o mercado financeiro projeta um menor nível de juros, espera também que a inflação recue no futuro e que as finanças públicas estejam organizadas, até mesmo com sobra de recursos.

Se as contas públicas estão em ordem, com uma perspectiva de redução da dívida pública, coloca-se menos pressão sobre o custo de vida, o que abre caminho para a queda dos juros. Essa taxa tem influência direta sobre o custo de vida do brasileiro e pode segurar uma possível alta de preços ao consumidor.

Sua vida

Os juros básicos são importantes para a economia não apenas por controlar a inflação. Eles são também uma referência para investimentos e considerados a menor taxa de retorno. Quando um empresário decide tirar um projeto do papel, ele avalia se o lucro do projeto é maior ou menor que essa taxa básica.

Se o retorno for menor, ele não tira o projeto da gaveta e aplica o dinheiro em papéis do Tesouro Nacional, que pagam juros próximos desse valor definido pelo BC ou em outras aplicações financeiras.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Banco Central.