Publicado em 10/03/2015 - geral - Redação
O mercado de animais de estimação no Brasil ocupa o segundo lugar absoluto no mundo. Fica atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). O país também ocupa o quarto lugar no ranking da população mundial de pets, com 106,2 milhões de bichinhos. As vendas de alimentos (pet food) continuam sendo a maior fonte de receita desse segmento, responsável por 65,7% do faturamento, seguidas por serviços (pet service), com 19% e que registraram o maior crescimento do setor, da ordem de 26% na comparação entre 2013 e 2012. Já a fatia dos cuidados (pet care) representou 8,1%, e a de produtos veterinários (pet vet), 7,2%. Diante dos números positivos, o setor atrai muitos que querem atuar no ramo, mas nem sempre são profissionais capacitados. Sendo assim, o consumidor dono de cães e gatos deve ficar atento, antes de escolher o pet shop ou clínica veterinária para seu melhor amigo. A formação profissional é o principal quesito a ser avaliado.
Hospedagem, banho, tosa, procedimentos cirúrgicos, aplicação de vacinas, consultas e vendas de medicamentos e produtos específicos para os pets devem ser oferecidos apenas em estabelecimentos com pessoas habilitadas para esses serviços e procedimentos e, principalmente, com um veterinário responsável. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), Nivaldo da Silva, é preciso estar atento à escolha do local, já que a saúde do animal de estimação está em jogo. “A primeira questão a ser considerada pelo consumidor é a presença de um veterinário no estabelecimento, que seja o responsável por todos os serviços oferecidos. O consumidor deve procurar saber o nome e o registro do profissional, e pesquisar a carreira dele no conselho, antes de confiar o animal. A exigência de saber quem é o veterinário é muito importante. O profissional deve garantir a qualidade dos serviços prestados e ainda o bem-estar dos animais.” Para Nivaldo da Silva, o segundo ponto a ser verificado é a questão do alvará do estabelecimento, determinação legal que deve ser concedida pela prefeitura da cidade.
A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Cláudia Almeida alerta ainda para outras preocupações. “O consumidor tem que analisar as condições de limpeza do ambiente. É importante conferir a esterilização dos espaços onde os animais ficam e até mesmo das escovas e pentes usados. O cliente tem o direito de visitar as dependências do pet shop ou da clínica. O consumidor que pedir para conhecer o espaço e tiver o pedido negado deve desconfiar”, ressalta. O presidente do CRMV-MG complementa que é preciso observar também a organização dos animais no local reservado a eles e o comportamento dos tratadores.
Marcelo Barbosa, coordenador do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, orienta que o melhor caminho para a escolha do pet shop ou clínica veterinária é a famosa e garantidora “referência pessoal”. “A indicação de um amigo ou parente é de grande valia. Ainda assim, o consumidor não deve deixar de pesquisar nos Procons se há alguma reclamação contra a empresa. Além disso, o alvará de funcionamento e a autorização da Vigilância Sanitária em relação a qualidade e certificação dos medicamentos e outros produtos não só devem ser exigidos, como têm que estar na vista do consumidor”, destaca.
Fonte: Estado de Minas