Publicado em 09/01/2020 - geral - Da Redação
Parques, monumentos naturais e outras reservas ambientais espalhadas
pelo estado são roteiros turísticos com diversas atividades
Visitas a grutas, mirantes e cachoeiras, prática de
escaladas e travessia na Serra do Espinhaço são alguns dos atrativos que as
unidades de conservação de Minas Gerais oferecem para os amantes da natureza e
que podem ser desfrutados no período das férias de janeiro. São parques,
monumentos naturais e outras reservas ambientais espalhadas por todo o estado e
que oferecem inúmeras atividades.
Uma das unidades de conservação mais acessíveis é o
Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina, onde estão localizadas as
cachoeiras da Sentinela e a dos Cristais. O local possui mirantes, como o da
Cruzinha e o do Guinda, ambos de fácil acesso. Outra atração é uma passagem
construída no século XVIII para possibilitar o escoamento da produção de
diamantes da região, chamada Caminho dos Escravos. Ele tem início no centro de
Diamantina e termina no distrito de Mendanha, com extensão total de 20
quilômetros.
Na Zona da Mata, o Parque Estadual do Ibitipoca foi
considerado por usuários do site de viagens TripAdvisor o terceiro melhor
da América Latina, em função de sua estruturação e atrativos. É dividido em
quatro circuitos: das Águas, do Pião, Janela do Céu e Alto das Águas.
O Circuito das Águas inclui a Prainha, a Ponte de
Pedra e a Cachoeira dos Macacos. O Circuito do Pião é mais longo, com muitas
subidas, e pode ser visitado juntamente com o da Janela do Céu. Já o Alto das
Águas foi recentemente aberto à visitação e inclui as cachoeiras do Encanto e
da Pedra Furada.
Já o Parque Estadual do Itacolomi é um dos
atrativos mais buscados em Ouro Preto e Mariana. A trilha que leva ao pico que
dá nome à unidade de conservação é seu atrativo mais famoso. Com 1.772 metros
de altitude, do cume tem-se uma vista de 360º de toda a região. A trilha possui
extensão de seis quilômetros a partir do Centro de Visitantes e o tempo
aproximado do percurso é de quatro horas.
Na Zona Leste, uma das mais bem estruturadas
unidades de conservação de Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Doce se destaca
por abrigar a maior área de Mata Atlântica contínua do estado. A área também
possui 42 lagoas naturais, e o mais famoso, Lago Dom Helvécio, também conhecido
como Lagoa do Bispo. Uma das atrações no parque é o safári noturno para
observação do jacaré-de-papo-amarelo, de mamíferos de grande porte e de onças.
Também são realizadas atividades de observação de aves, do pôr do sol no
mirante e visitas ao viveiro de mudas.
Espinhaço
A Serra do Espinhaço abriga unidades de conservação
estaduais que oferecem inúmeras atrações, entre elas a travessia entre os
Parques Estaduais do Rio Preto e do Pico do Itambé, com 67 quilômetros de
extensão. O percurso é feito em áreas com altitudes superiores a 1
mil metros e, durante a caminhada, é possível observar o pico Dois Irmãos,
com 1.836 metros, e o pico do Itambé, com 2.202 metros. No caminho também está
a Cachoeira da Cortina.
O Parque Estadual do Rio Preto, em São Gonçalo do
Rio Preto, oferece diversos roteiros, como a Trilha do Cerrado que permite a
visualização e convivência com o bioma e sua fauna. A unidade de conservação é
famosa por suas cachoeiras como a do Crioulo e da Sempre-Viva. Já o Parque
Estadual do Pico do Itambé, localizado nas cidades de Santo Antônio do Itambé,
Serro e Serra Azul de Minas, necessita agendamento prévio para visitação. Entre
os atrativos estão as cachoeiras da Fumaça, e do Rio Vermelho.
Outra reserva ambiental importante na Serra do
Espinhaço é o Parque Estadual da Serra do Intendente. Nele está localizada a
Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de altitude. Outras atrações são o
cânion do Peixe Tolo e a Cachoeira Rabo de Cavalo. Atividades como escalada e
canionismo são permitidas com autorização prévia da gerência da unidade de
conservação.
Em Ipoema, distrito do município de Itabira, o
Parque Estadual Mata do Limoeiro abriga as Cachoeiras do Derrubado e do
Paredão. A primeira tem uma queda de mais de 40 metros. Na unidade de
conservação também é possível a prática de ciclismo.
Rota Lund
As unidades de conservação que integram a Rota Lund
se destacam pela facilidade de acesso para quem está em Belo Horizonte. O
Parque Estadual do Sumidouro e os monumentos naturais Gruta Rei do Mato e Peter
Lund abrigam valiosos patrimônios históricos e naturais.
A Gruta do Maquiné, localizada em Cordisburgo, foi
descoberta em 1825. É o berço da paleontologia brasileira e foi explorada
cientificamente, em 1834, pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund. Tem
sete salões que totalizam 650 metros lineares e desnível de apenas 18 metros.
Sua iluminação e passarelas possibilitam aos visitantes vislumbrar com
segurança as belezas do local.
Já a Gruta Rei do Mato, localizada em Sete Lagoas,
possui 998 metros de extensão, dos quais 220 metros estão abertos à visitação.
É considerada uma das 50 maiores cavernas de Minas Gerais pela Sociedade
Brasileira de Espeleologia e uma das mais visitadas do estado e também do
Brasil. A gruta tem 220 metros de caminhada e cerca de 65 metros de profundidade.
Anualmente, cerca de 22 mil pessoas passam pelo local.
Em Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, o Parque Estadual
do Sumidouro tem, entre suas atrações, a Gruta da Lapinha que possui 300 metros
de extensão, distribuídos em galerias e salões, iluminados por LED, o que
valoriza as formações minerais existentes. Entre os salões que compõem a gruta,
12 são abertos à visitação.
O Parque abriga ainda o Museu Peter Lund onde estão
expostos 82 fósseis descobertos por Peter Lund que vieram do Museu Natural de
Copenhague, e cerca de 15 fósseis doados pelo Museu de História Natural da PUC
Minas.
Concessão
A visitação nas unidades de conservação estaduais
ganhará ainda mais qualidade com o Programa de Concessão de Parques Estaduais
(Parc), que prevê um incremento no uso das áreas para fins turísticos, como
hospedagem, alimentação, atividades de lazer, aventura e venda de souvenires.
Em dezembro, o governador Romeu Zema lançou a consulta pública para a concessão
das três unidades de conservação da Rota das Grutas Peter Lund que serão as
primeiras a integrarem a proposta.
A concessão é pioneira na área ambiental do Estado, está prevista por 25 anos e tem valor estimado para investimento de R$ 347 milhões. Outras 17 unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) devem integrar o regime de concessão, como os parques do Itacolomi, do Ibitipoca, do Rio Doce.