Publicado em 15/05/2020 - geral - Da Redação
Ex-ministro
não suportou a pressão e as divergências com a metodologia adotada pelo
presidente da República
Nelson
Teich não suportou a pressão e as divergências com a metodologia adotada pelo
presidente da República, Jair Bolsonaro, e pediu demissão do cargo de ministro
da Saúde antes de completar um mês na cadeira. Ele é o segundo a deixar o cargo
durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Antes, Luiz Henrique
Mandetta já havia sido exonerado da Pasta no dia 17, mesma data em que Teich
tomou posse.
Antes, já era especulada a saída de
Teich da Saúde, tendo em vista sua divergência com a metodologia aplicada por
Jair Bolsonaro. Segundo a revista Veja havia antecipado, o agora
ex-ministro não concordava com o presidente, que pedia a defesa da
cloroquina e pretendia que a economia fosse colocada como prioritária na luta
contra o coronavírus.
Ao saber das pretensões de seu
subordinado, Bolsonaro chamou o general Eduardo Pazuello, atual número 2 da
Saúde, e perguntou se ele aceitaria o cargo, caso Teich saísse, o que foi
respondido positivamente pelo general.
Ainda segundo o veículo, o ministro já
havia dado sinais aos auxiliares de que estava arrependido de ter aceitado o
cargo, tendo em vista que Bolsonaro deseja uma maior intervenção na Pasta. Não
à toa, Teich era o chefe, mas não mandava no subordinado Pazuello, que tinha
caminho livre com o presidente. 
NOTA
À IMPRENSA
O
ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. Uma coletiva de
imprensa está marcada para a tarde desta sexta-feira (15).
Fonte: JORNAL O TEMPO