Publicado em 18/02/2020 - geral - Da Redação
Desta vez uma empresa vietnamita está sequestrando contas verificadas para promover produtos e serviços. Além disto, os golpistas utilizam as informações do cartão de credito e de cobrança associados a conta para impulsionar campanhas no Facebook. Há relatos de prejuízos acima dos 50 mil reais com posts patrocinados pelos hackers usando contas invadidas.
O filósofo e escritor Fabiano de Abreu teve sua conta verificada invadida pelos hackers vietnamitas. No entanto, apesar de inúmeras mensagens e apelos ao Facebook, duas semanas após o ocorrido, ele afirma que não obteve nenhuma resposta: “o Facebook não teve a menor consideração com a situação. Apesar de ter a conta verificada, sequer responderam. Agora meus dados estão vulneráveis e sendo usados por hackers que em meu nome promovem produtos usando meu crédito na plataforma, e nada é feito sobre isto. Coloquei os gastos que estavam fazendo em meu nome em disputa no PayPal, meio que mais uso como pagamento e, eles não levaram em consideração minha reivindicação e perdi a disputa. Um absurdo.”
Facebook como ferramenta de trabalho
Fabiano conta que usa a rede social para fins profissionais e que não tem recebido suporte como cliente: “o Facebook age como se fosse um poder paralelo. Eles conseguiram o monopólio das plataformas e agora sequer tem uma central de atendimento a quem usa a mesma para fins profissionais, que faz campanhas publicitárias na rede social e investe dinheiro. Toda empresa com filial no Brasil que preste serviços ou venda produtos em território nacional deveria ter um atendimento ao cliente, um suporte. Eles estão fora da lei.”
O que dizem os especialistas
Questionados sobre o caso, a Dra. Lorrana Gomes, proprietária do escritório de advocacia mineiro L Gomes Advogados, especialista em Direito Digital e Crimes Cibernéticos, que presta serviço para o Fabiano e as suas empresas, explicou as implicações que isto pode causar: “O que aconteceu é extremamente grave, visto que o Facebook é utilizado para fins profissionais, inclusive as paginas possuem a característica dominante de serem usadas para publicações profissionais. É cabível ação de dano moral e também material, no que tange as questões de a vítima ter o trabalho prejudicado, perder clientes (lucros cessantes) e ter diversos prejuízos devido as falhas da plataforma. Ademais, a reiteração com o problema na prestação de serviços, geralmente, eleva o valor indenizatório cabível em sede de dano moral.”