OPINIÃO: Leitor faz diversos questionamentos em Muzambinho

Publicado em 04/04/2015 - geral - Amir Alem Aquino

OPINIÃO: Leitor faz diversos questionamentos em Muzambinho

01 - Por que os semáforos que estavam instalados próximos à Escola Cesário Coimbra foram transferidos para o cruzamento das Ruas Euclides da Cunha e Raul Soares, se eles continuam como antes? Desligados. Será que estão esperando acontecer um novo acidente no local para que a ativação deles seja providenciada?

 

02 - Por que o restante do asfaltamento da pista que liga o Parque do Peão, na Vila Bueno, à BR 491 está com sua obra paralisada, se o trecho final que falta é mínimo?

 

03 - Por que a Rua Merri possui mão dupla, se existem alternativas de entradas e saídas para o bairro por outras vias, principalmente saídas? A confusão no trânsito daquela via de segunda a sexta feira é constante e a mão única poderia resolver o problema.

 

04 - E por falar em trânsito conturbado, por que não instalar mão única, também, na rua onde está localizado o Colégio Lyceu? Só quem frequenta o local diariamente pode falar sobre a bagunça que se forma no trânsito antes do início das aulas e, principalmente no fim. A extensão da ruela se ultrapassar a 150 metros, não chega a 200.

 

05 - Por que Muzambinho, nos últimos mandatos, não consegue mais ter uma Câmara de Vereadores que trabalhe em paz, cumprindo fielmente as funções para as quais foi constituída, sem as costumeiras brigas, ofensas pessoais e baixarias que tem sido sua tônica? Será por excesso de vaidade e/ou de sede de poder de alguns edis?

 

06 - Por que não se põe em prática um antigo projeto de construção de um novo terminal rodoviário que ofereça melhores condições e conforto aos usuários? Rodoviária em cidades de pequeno porte, como a nossa, tem que estar localizada nas periferias da cidade, o mais próximo possível dos trevos. Hoje, o ônibus gasta mais tempo para atravessar a cidade até ao terminal, do que para chegar ao seu próximo destino. Isto sem contar os estragos que faz com as diversas idas e vindas diárias em seu percurso, como rachaduras nas paredes das casas e quebra do asfalto das ruas por onde passa.

 

07 - Por que não se cria algo como uma “Zona Azul” para estacionamento nos locais de maior movimento da cidade? Está quase impossível conseguir uma vaga para estacionar um carro durante o horário bancário.

 

08 - Por que Muzambinho é tão permissiva e tolerante com a COPASA, se a recíproca não é verdadeira? Eu nunca soube de providências tomadas pelos danos que a estatal provoca nas ruas, como a demora para o fechamento dos buracos abertos e a péssima qualidade dos serviços asfálticos que realiza depois. Mas, em contrapartida, já vi a estatal tomar suas providências com quem atrasa o pagamento da conta.

 

09 - Por que investir em tantos campos de futebol, alguns até iluminados, se não há jogadores e times para usufruir deles?

 

10 - Por que tanta tolerância com os sons altíssimos nos carros? É fácil identificar, normalmente isso ocorre em carros pequenos e caminhonetes e seus condutores são os já conhecidos “bonezinhos”. Eles deveriam ser punidos por duas razões: pelo excesso de decibéis jogados ao ar, o que demonstra a falta de respeito deles para com o resto da população e, principalmente, pelo péssimo gosto das músicas que ouvem.

 

11 - Por que inúmeras pessoas de nossa sociedade ainda não se conscientizaram do racional uso da água? É comum ver pessoas lavando calçadas, carros e até a própria rua diariamente, como se o ato de pagar a conta da água gasta sem critério fosse suficiente e lhes assegurasse esse direito.  É sempre bom lembrar que o direito de um, termina quando começa o do outro.

 

12 - Por que muitos pessoas, quando estão na condição de pedestres, se acham no direito de atravessar na frente dos carros em qualquer lugar, como se todos os trechos de todas as ruas fossem intermináveis faixas de pedestres? É bom que saibam que, como o motorista tem que respeitar as faixas, as pessoas também têm que respeitar o motorista nos lugares onde não as existam.

 

13 - Por que no transcorrer das últimas décadas inúmeros loteamentos foram construídos e todos estão cheios de casas, mas a população continua a mesma? Será que os censos estão sendo mal feitos ou o Estado é que omitiu esse provável crescimento para não elevar o valor do Fundo de Participação destinado aos municípios?

 

14 - Por que o prédio, onde em outros tempos funcionaram o Teatro Bernardo Guimarães, um cinema e a Rádio do Povo e que hoje se encontra em ruínas não é demolido? Não vejo outra razão, senão o desejo de literalmente “manter a fachada”, apenas no sentido conotativo.

 

15 - Por que perdemos o Grupo de Teatro Boca de Cena? É muito difícil montar um grupo com a competência e a versatilidade deste e Muzambinho se orgulhava em tê-lo; senão todas as pessoas mas, principalmente, as que valorizam a cultura. Só Deus sabe o porquê da perda. Será mesmo que é somente Deus que sabe, ou existe mais gente que sabe e que contribuiu para isso?

 

16 - Por que nos canteiros de obras de construções e reformas de casas, o Código de Obras da Prefeitura nem sempre é respeitado? Se existe esta lei municipal que, dentre outras coisas, prevê a obrigatoriedade da colocação de tapumes em frente a todas as obras, por que a lei não é cumprida? Montes de areia, de pedras e de terra costumeiramente dividem o espaço das ruas com a população e com os carros.

 

17 - Por que é permitida aos alunos das escolas locais a cobrança de “pedágios” no cruzamento da Rua Tiradentes com a Av. Dr. Lycurgo Leite? O trânsito da cidade, que já está uma porcaria, torna-se ainda mais lento com a parada obrigatória no “pedágio”.

 

18 - Por que as motos barulhentas correm soltas pela cidade, sem que ninguém tome as devidas providências para a punição dos infratores? Por muito menos os carros são multados.

 

19 - Por que os dois tradicionais e jurássicos clubes sociais de Muzambinho, o Clube Recreativo e o Automóvel Clube se encontram desativados há décadas? Se não têm mais finalidades, precisam ser restaurados ou demolidos. O que não pode é ficar da maneira como estão, enfeando a cidade, criando assombrações, corujas e morcegos e pondo em risco a integridade física e até a vida das pessoas que transitam pelas ruas embaixo deles.

 

20 - Afinal, por que tantos questionamentos? A resposta é simples: se as pessoas, para quem a carapuça possa servir e as autoridades, cada uma dentro de seu poder de decisão e de competência se predispuserem a responder com atos e ações a cada “por que”, não haverá necessidade de outros a partir de agora, porque para cada “por que” já terá havido uma resposta e uma solução, com a consequente transposição do “por que” – interrogativo, para o “porque” – afirmativo. Por enquanto, resta-me apenas ficar na expectativa de que isso venha a acontecer, para dar um “cala boca” neste muzambinhense chato e implicante, que fez do “por que” sua ferramenta de buscas para tentar encontrar as respostas que, se dadas, serão de interesse geral de toda a comunidade.

POR: Amir Alem Aquino