Publicado em 23/06/2016 - geral - Fernando de Miranda Jorge
Uma situação, para muitas pessoas, em que antigo e moderno não combinam. Isto é: o antigo aqui é principalmente de pessoas, tem de ser antigo mesmo, e o novo, o moderno é o de época. Será que é válido pensar assim, ou o antigo pode ser moderno? Acho que, dentro de certas limitações, sim. Mas é complexo. Outras pessoas menos exigentes acham até bonito o antigo se comportar modernamente. Moderninho, hein? Já ouviram isto, não é? É. Seja como for, as duas situações existem. E, se falarmos de “antiguidades e modernidades”, aí muda de figura. Porque a Antiguidade ou a Idade Antiga trata da periodização das épocas históricas da humanidade, seus feitos e seus caracteres e a importância da cultura material das sociedades. A modernidade pensa e repensa nos processos sociais, econômicos e financeiros; no que pode obter mais lucros: objetos antigos, relíquias, peças de valores, de estimação e eis uma infinidade de maravilhas e de compradores e colecionadores. Tema para muito tempo e espaço de curiosos e aficionados. Até dos mais moderninhos, porque afloram lembranças de coisas e gente. De épocas distantes, de acontecimentos alegres e tristes. Tudo vale. O antigo se molda e se une ao novo. Assim: antigo quer o novo e novo quer o antigo. O que quero dizer é que o moderno é novo e o antigo é novo moderno. Ah! Deu para entender?! Ou moderno à moda antiga. Como no entender de Marcela Taís: “Talvez do avesso seja o meu lado certo. Pois não me vejo neste mundo cego. Ainda acredito no amor e minha fé não é filosofia. Não me leve a mal. Mas não curto carnaval. Peço bênção pros meus pais. Eu acredito na família. Eu tenho um coração moderno à moda antiga”.
Fernando de Miranda Jorge Acadêmico Correspondente Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com