OS ZÉS E os Josés

Zé é Zé e José é José. Já notaram que o Zé não pode ser José, não. Ele é consagrado Zé e pronto. Exemplo? O ‘José Silva’, aqui em Jacuí, não combina. Ele é Zé Silva, nome e sobre nome, apelido simples assim. Em nossa cidade, temos dois Zés que são figuras. Têm mais outros, mas vamos lá nestes dois. Duas personagens distintas. Cada um na sua. Inteligentes. Prestativos amigos e eu, que não sou bobo, faço parte desta amizade, com muito orgulho. Habilidosos, lutadores pela boa causa. O Zé Silva labora numa mão de obra do tipo “clínica geral”: o que faz de tudo um pouco, resolve qualquer encrenca, seja na civil, na hidráulica ou elétrica, nas nossas residências. Com ele não tem tempo ruim. O danado não aposenta. Incansável Zé Silva. Vive pegando no pesado. Um reparo aqui, outro acolá e, lá vem o ‘home’ com seu fusquinha, sua joia. Encontra-se de tudo o que precisa dentro dele. Uma verdadeira oficina ambulante. E o lenitivo chamado Zé Silva, da hora, é chamado para o socorro. O outro Zé é o Roberto. ‘Zé Roberto’ assim chamado. Empresário vencedor do ramo de facção jeans e, nos tempos livres, cantor versátil, maestro, que, sozinho, faz com sua música eletrônica um conjunto. Cabeça privilegiada, ‘manja’ de tudo e mais alguma coisa. “QI e IE” elevados. Quieto no seu canto, curioso, cujo hobby é desmontar e montar aparelhos eletrônicos. Expert na TI, tecnologia da informação. O cara tem sede de desafios. Estudioso, atualizado e vive inovando. Será característica dos Zés? E aí, pessoal, Zé ou José?  O homem nasce livre como os bichos, como os pássaros e livres escolhem os seus caminhos: cada um é feliz da sua maneira, seja Zé ou José.

Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico Correspondente da APC / Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com