Publicado em 16/11/2018 - politica - Da Redação
Está pronto para ser votado em 2º turno no Plenário da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Plano Estadual de Educação
(PEE), previsto pelo Projeto de Lei (PL) 2.882/15. A proposta, de
autoria do governador Fernando Pimentel (PT), foi alvo de acaloradas discussões
nos últimos três anos. Agora, o texto consolidado na votação em 1º turno no
Plenário recebeu parecer favorável da Comissão de Educação, Ciência e
Tecnologia na quarta-feira (14/11/18) e deve ser analisado de novo pelo
Plenário.
Deputados e representantes da sociedade civil debateram
diretrizes, objetivos, metas e estratégias para a área no decorrer desta
legislatura. As principais polêmicas foram com relação a dispositivos que tratavam de
minorias, como homossexuais e transsexuais. Já em 2016, a ALMG
promoveu o Fórum Técnico Plano Estadual da Educação,
no qual representantes da sociedade civil se reuniram para discutir o texto
enviado pelo governador e fazer sugestões de alterações.
Já naquele momento, as discussões foram acirradas. Alguns grupos
defendiam que fossem incluídas nas metas o combate à discriminações e citava alguns dos
preconceitos possíveis, entre eles gênero e orientação sexual.
Outros, no entanto, diziam que isso levaria à erotização das crianças e
adolescentes. Com a entrega do relatório final dos debates
realizados ao longo do Fórum, as discussões prosseguiram.
Quando o projeto chegou ao Plenário para ser votado em 1º turno,
recebeu 16 emendas e teve que voltar para a análise das comissões. A versão
aprovada em 1º turno e que nesta quarta (14) recebeu parecer favorável da
deputada Celise Laviola (MDB), que preside a comissão, manteve a questão do
combate à discriminação, mas de forma genérica, já que foi retirado do texto
original exemplos de discriminações possíveis, como “raça, religião e identidade
de gênero”.
Uma das emendas mais polêmicas apresentadas em Plenário no 1º
turno foi a que incluia a Meta
21, que continha oito estratégias para combater todo tipo de discriminação e a
consequente evasão escolar. Havia a previsão de busca ativa de
travestis, transexuais e transgêneros que não tenham concluído o ensino
fundamental; a regularização do nome social para esses estudantes; e a garantia
de que os profissionais de educação possam discutir identidade de gênero e
orientação sexual em sala de aula.