Arantes é empossado presidente da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético

Publicado em 12/12/2013 e atualizado em 12/12/2013 - politica - Da Redação

Grupo de 71 deputados quer defender e impedir o aumento da crise que assola o segmento

Foi empossada na quarta-feira, 11/12, no salão nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, formada por 71 parlamentares, cujo presidente é o deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB) e o vice-presidente, deputado Zé Maia (PSDB). Fazem parte também da Frente e marcaram presença os deputados Romel Anízio (PP), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Antônio Lerin (PSB), Tony Carlos (PMDB), Lisa Prado (Pros), Elismar Prado (PT), Tiago Ulisses (PV). Leonídio Bouças (PMDB), Bosco (PT do B), Dilzon Melo (PTB), entre outros.

Além deles, prestigiaram o evento o presidente da Assembleia de Minas, deputado Diniz Pinheiro (PP);  o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos; o vice-presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI), Maurício Cecílio; os prefeitos de Uberaba e Pirajuba, Paulo Piau e Rui Gomes, respectivamente; o representante da Associação dos Fornecedores de Cana de Campo Florido, Rodrigo Piau, entre outras lideranças. O objetivo da iniciativa suprapartidária é propor, promover, acompanhar e defender ações e políticas públicas que fortaleçam o setor para o retorno dos investimentos e retomada do consumo de etanol em Minas Gerais.

 

Para o presidente da Frente, deputado Antônio Carlos, “é preciso levar mais informações à sociedade, de forma que possam ser combatidos boatos e mitos que criam uma imagem equivocada e errada sobre a cadeia produtiva da cana-de-açúcar. Por exemplo, a sociedade precisa entender que a cana não faz mal ao solo. Há 200 anos, ela se instalou no Nordeste e até hoje é plantada, ou seja, não causa danos ao meio ambiente, depende da maneira como é feita. A sua plantação também combate a erosão”. Segundo o presidente da Frente, o Governo Federal também tem pecado bastante com fracassos na política do Pré-Sal, no biodiesel e no álcool. “Quando o Lula disse que o álcool seria a salvação do País, os usineiros investiram e agora o que se vê é uma quebra geral delas, só em minha região são seis usinas quebradas, nas regiões de Sacramento, São Sebastião do Paraíso, Passos e Guaranésia”. O parlamentar já expôs que a primeira ação da Frente será uma visita na quarta-feira, 18/12, ao procurador-geral do Ministério Público, para tratar de grandes abusos de alguns promotores principalmente na região do Triângulo e Sul do Estado, na fiscalização junto aos produtores rurais. “O MP tem desrespeitado a nova lei florestal criada por esta Casa e a fizemos justamente para nivelar o código florestal brasileiro, para evitar as disparidades na interpretação e, mesmo assim, estamos assistindo a grandes abusos por parte de alguns promotores”, disse.

O deputado Zé Maia, vice-presidente da Frente, sugeriu que no próximo ano seja realizado um fórum com as principais lideranças da área sucroenergética para discutir e identificar os principais gargalos da cadeia produtiva da cana. Zé Maia foi mais um que não concordou com a fiscalização realizada por alguns promotores junto aos empreendedores e produtores da cana. “Eles não estão acima da lei”.

O presidente da Assembleia de Minas, deputado Diniz Pinheiro, fez questão de enaltecer o papel da Frente e a sua confiança por ter um presidente do grupo tão sério. “O deputado Antônio Carlos tem mostrado aqui nesta Casa mineira ações importantes e contundentes em prol do setor produtivo e eu destaco a grande vitória, liderada por ele, na criação da nova lei florestal mineira”.

Na opinião do presidente do Siamig, Mário Campos, a falta de competitividade do etanol tem sido demonstrada pelos números. Ele ilustrou que no ano de 2009, por exemplo, para cada 100 litros de gasolina consumidos, somente 40 litros de etanol eram também consumidos paralelamente. “Infelizmente hoje, nesta mesma proporção, são apenas 15 litros de etanol”, emendou. Mário chamou a atenção que o setor é grande gerador de emprego e renda, que há investimentos em tecnologia da produção e que há um grande zelo para evitar danos ambientais. “Mesmo assim, esse combustível alternativo está muito desvalorizado”, completa. Mário elogiou a criação da Frente e deseja que a Assembleia faça uma agenda de atividades em prol do setor.

Maurício Cecílio do INDI alertou para a falta de investimentos pelo Governo Federal à cadeia produtiva do etanol. “Eles pecaram ao segurar de maneira artificial os preços da gasolina e não investir no etanol”. Segundo Maurício, os incentivos ao setor pelo Governo do Estado estão sendo realizados, mas ainda insuficientes.

Rodrigo Piau da Associação dos Fornecedores de Cana de Campo Florido ponderou também que o Ministério Público tem perseguido os produtores de cana. “Eles não têm sequer respeitado o Código Florestal aprovado na Assembleia de Minas”.

Para o prefeito de Uberaba Paulo Piau, a criação da Frente é muito importante, pois a produção em Minas Gerais é diferenciada, gera renda e traz oportunidades de emprego a todos que estão na cadeira produtiva.

Fonte: ASCOM / Matéria: Ricardo Gandra