Publicado em 31/10/2018 - politica - Da Redação
Em reuniões sucessivas realizadas na
terça-feira (30/10/18), as Comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária
(FFO), de Administração Pública e de Educação, Ciência e Tecnologia, da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), aprovaram requerimentos para a
realização de audiência pública conjunta de convidados com o objetivo de
debater o Projeto de Lei (PL) 5.429/18, do governador, que trata sobre o
passivo das fundações absorvidas pela UEMG. A audiência será realizada às 14h40
desta quarta-feira (31 de outubro), no Plenarinho II. O requerimento foi
encabeçado pelo deputado estadual Cássio Soares.
A proposição autoriza o Estado a assumir o
passivo financeiro das instituições de ensino superior associadas à
Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). O projeto é uma das últimas
etapas do processo de extinção dessas fundações. Em sua maioria, o passivo,
calculado em R$ 100 milhões pelo vice-presidente da FFO, deputado Cássio Soares
(PSD), é formado por dívidas trabalhistas herdadas das fundações. Contudo,
ainda segundo o parlamentar, o valor do ativo pode ser maior, chegando a R$ 150
milhões. “Esse momento será importante para ouvirmos da reitoria da
Universidade quais são os benefícios do Projeto de Lei e saber se o mesmo irá
levar melhoras significativas à comunidade acadêmica, aos alunos e ao ensino
superior gratuito do nosso Estado”, afirmou Cássio Soares.
Para fazer frente ao montante devido, a Justiça
Federal penhorou diversos imóveis, que, hoje, abrigam atividades vitais da
universidade. Com o PL, os imóveis que pertenceram às fundações serão
protegidos conforme a norma de Direito Público, que também disciplinará o
pagamento das dívidas trabalhistas.
“O debate do projeto reafirma o compromisso
do Poder Legislativo com o ensino superior estadual e com a salvaguarda do
patrimônio e da qualidade e da estrutura da UEMG”, argumenta o texto da
justificativa parlamentar apresentada com o requerimento para a realização da
audiência.
Estadualização -
Ainda de acordo com a justificativa parlamentar, a despeito do impacto
orçamentário e financeiro, a situação impõe ao Estado a necessidade de ação
porque não assumir o passivo significa contrariar dispositivo legal que
determinou a estadualização, além de agravar a necessidade de recursos devido
às correções monetárias, juros e aumento do passivo.
Além do deputado Cássio Soares, assinam o requerimento o presidente da Comissão de Administração Pública, deputado João Magalhães (MDB), e a presidente da Comissão de Educação, deputada Celise Laviola (MDB).
ASCOM