CPMI do Cachoeira reforça necessidade de Reforma Política, diz Leonardo Monteiro

Publicado em 26/04/2012 - politica - Assessoria de Comunicação

O Congresso Nacional já instalou, na manhã da quarta-feira (25), uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as relações entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e agentes públicos e privados. Para o deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG), o episódio reforça a necessidade de uma Reforma Política que contemple o financiamento público de campanhas eleitorais. “Essa CPMI vai mostrar muita coisa que vem sendo articulada há anos. O Cachoeira está aí há anos, enriquecendo, inclusive utilizando de meios de comunicação para suas articulações. Usando membros de poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ele tem se aproveitado do poder econômico para praticar corrupção. Mais uma vez a gente vê a necessidade de uma Reforma Polícia, e de campanhas eleitorais financiadas pelo poder público. Não se pode ter financiamento privado em eleições, sob risco de interesses privados levarem à prática de atos ilícitos. O financiamento público das campanhas é fundamental para que o interesse público pr evaleça na atividade política”, avaliou Leonardo Monteiro.
As ligações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos também estão presentes em Minas Gerais. A pedido do senador goiano Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) indicou uma prima de Cachoeira para cargo em comissão no governo mineiro. Mônica Beatriz Silva foi nomeada em julho de 2011 para cargo de recrutamento amplo.
Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a “Operação Monte Carlo”mostram conversas entre Demóstenes e Cachoeira em que são citados os nomes de Aécio Neves, do secretário Estadual de Governo Danilo de Castro (PSDB) e do deputado federal Marcos Montes (PSD, ex-DEM). Por meio de nota, o governo de Minas Gerais confirmou que a indicação de Mônica atende a uma solicitação do DEM.

CPMI
Foram designados 16 deputados e 16 senadores para a CPMI, que terá como presidente o senador Vital do Rego Filho (PMDB-PB), e como relator o deputado Odair Cunha (PT-MG). Odair Cunha não quis antecipar quem poderá depor na comissão, mas afirmou que Cachoeira deverá depor no “momento mais adequado para as investigações”. Para ele, a investigação deverá começar pelos dois inquéritos que tratam das Operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que se encontram no Supremo Tribunal Federal. Requerimento nesse sentido será apresentado logo na primeira reunião deliberativa da CPMI.