Publicado em 09/04/2019 - politica - Da Redação
A comissão de Educação, Ciência e Tecnologia iniciou os debates
acerca dos cortes de bolsas na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas
Gerais (FAPEMIG), após a criação de uma frente parlamentar em defesa da
pesquisa, que apresentou uma proposta, a qual considera como crime de
responsabilidade a redução de investimentos na área da educação, em especial,
de pesquisa. Outro corte questionado pelos parlamentares foi a redução da
Educação em Tempo Integral.
O deputado estadual Cássio Soares, líder do Bloco Liberdade e
Progresso, se posicionou contra a retenção dos recursos destinados a pesquisa
do Estado e contra os cortes programados e anunciados a serem feitos no setor
de educação. “São os investimentos em educação que vão melhorar as condições de
vida da nossa população brasileira e mineira. Então, como pregar que a educação
é fundamental e necessária, sendo que o governo do Estado quer acabar com as
despesas na área da educação? Será que o governo vai querer trabalhar com um
superávit orçamentário em detrimento do sofrimento das pessoas? Isso nós não
iremos permitir”, afirmou Cássio Soares.
Líder do Bloco Liberdade e Progresso, o deputado estadual Cássio
Soares, participou do processo de estadualização da Universidade do Estado de
Minas Gerais em Passos, no ano de 2014. Foi ele também o maior articulador para
a instalação do curso de medicina na unidade. Por esse motivo e por acreditar
que a educação é o melhor caminho a se seguir para o desenvolvimento do Estado
e do País, ele garante que os recursos destinados à educação não são gastos,
mas sim um investimento no futuro.
“Esperamos que o governo tenha sensibilidade em recuar, em
poder assegurar o bom andamento das aulas, valorização dos professores e
profissionais, com a segurança necessária e investimento em pesquisas. O lucro
do Estado é o bem-estar da nossa população e é isso que nós vamos continuar
defendendo”, ponderou Cássio Soares.
Bolsa de
pesquisas
A Fapemig é uma fundação de incentivo à pesquisa e à inovação
científica e tecnológica do Estado, a qual financia projetos de pesquisas de
instituições estaduais, do nível médio, superior, pós-graduação e mestrado. Atende
18 mil professores, 180 mil estudantes, além de 35 mil pós-graduandos. As
bolsas auxiliam e dão suporte para pesquisas de grande importância social e
para o futuro do Estado, mas desde 2016 vem enfrentando dificuldades no
financiamento que culminou nos cortes de bolsas, devido ao atraso dos recursos
destinados pelo executivo.
A frente parlamentar iniciou o diálogo sobre o assunto depois que o Governo do Estado enviou uma proposta que retém o pagamento do restante das bolsas. Na audiência, estavam presentes 16 parlamentares a fim de discutir e chegar a um consenso. Eles também se posicionaram a favor dos vigilantes que atuam em escolas estaduais de localidades com alto risco de incidência criminal.
ASCOM