Publicado em 27/03/2012 - politica - Assessoria de Comunicação
Parlamentares pretendem se encontrar com Anastasia para mostrá-lo gravidade da situação
bandido”, falou um dos produtores durante a audiência.Polícias se comprometeram a reagir
O delegado Márcio Simões Nabakrelatou que em seus 34 anos de policial nunca ouvira um clamor tão grande de um setor em função do número sucessivo de roubos e furtos ocorridos no campo. Márcio se comprometeu a trabalhar com ações pontuais e globalizadas para enfrentar o problema com mais êxito.
O representante da Polícia Militar, capitão Harley Wallace Moreira solicitou aos produtores que façam os boletins de ocorrências quando houver algum tipo de furto ou roubo, para que a Polícia seja melhor municiada de informações, a fim de combater a criminalidade com mais êxito e colocou a corporação em favor dos produtores. “A Polícia Militar é de vocês, somos servidores e tratá-los bem não é uma qualificação, é uma obrigação nossa”, expôs.
Angústia norteou maioria dos depoimentos
Durante a audiência, vários representantes do setor rural puderam dar o seu testemunho sobre as ocorrências de violência na zona rural. O medo, a angústia, a desconfiança e a aflição tomaram conta praticamente de todas as falas. Roubos de gado e de equipamentos agrícolas foram citados a todo instante.
O produtor rural de Cássia, Maurides de Souza Andrade expôs com revolta os dois assaltos que sofrera em duas semanas consecutivas, citou o medo que tomou conta de seus empregados. Maurides contou também de uma produtora que perdeu um trator e que não foi tratada com o devido preparo pela Polícia Militar.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiraci, Gaspar Tavares, relatou que em poucos dias quatro tanques, cinco tratores, uma ordenhadeira mecânica e 30 vacas leiteiras haviam sido furtadas. “Nós sabemos quem são os ladrões, eles estão inclusive utilizando uma rota de fuga onde não há barreira entre Minas e São Paulo”, alertou. Gaspar se recordou da audiência que foi organizada no início deste ano em sua cidadee que quando foi perguntado aos presentes sobre serem vítimas de assaltos na zona rural, mais de 100 pessoas levantaram a mão em um evento que contava com cerca de 150. “Lá a Polícia Militar está fazendo um trabalho muito bom, estão pegando os bandidos, mas eles não estão ficando na cadeia”, relatou.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Pará de Minas, Eugênio Diniz expôs que retrucou a estatística emitida pela Polícia Militar em sua cidade, que diz que houve queda de ocorrências na zona rural e foi além. Na opinião dele, a Polícia Civil está falida. “Vejo que é um órgão que não tem respeito ao cidadão”, completou.
O produtor rural de Formiga Ari Oliveira foi vítima recente dos bandidos e mostrou-se decepcionado, pois o bandido causador da extração de seus pertences fora preso, mas solto cerca de 20 dias depois. “Em nossa região, foram 580 cabeças de gado roubadas. Precisamos de solução ou então vamos parar”!
O diretor da FAEMG Marcos Abreu ponderou que as soluções não estão chegando e pediu apoio ao Legislativo e ao Executivo. “Não dá mais para esperar, queremos uma solução imediata”, disse.
Esperança e agradecimento de Arantes
O deputado Antônio Carlos saiu esperançoso ao final da reunião, disse que gostou do que escutou dos representantes das Polícias Civil e Militar, mas destacou que é fundamental as ações. “É preciso que saiamos do discurso e que passamos a trabalhar com ações eficazes. O doutor Nabak nos ajudou a resolver o problema dos caminhoneiros, vítimas de roubos constantes e houve uma ação forte e inteligente que prendeu uma quadrilha poderosa. Precisaremos do trabalho dele no campo para coibir a violência na zona rural”, comentou. Arantes agradeceu muito a mobilização dos produtores, elogiou as comitivas de Cássia, Ibiraci, Formiga, Alterosa, Formiga, Sacramento, entre outras cidades do centro-oeste do Estado e se colocou mais uma vez ao dispor da classe para continuar a lutar pela diminuição da violência no campo.
Matéria: Ricardo Gandra