Publicado em 01/11/2018 - politica - Da Redação
Quatro nomes são cotados para o pleito, mas apenas Sargento Rodrigues (PTB) admite candidatura
Ainda na ressaca das eleições que decidiram o governo e os
parlamentares do Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) já
iniciou as articulações para a escolha de quem vai ocupar o cargo de presidente
da Casa. Nos bastidores, quatro nomes de deputados estaduais são dados como
certos para a disputa: Agostinho Patrus (PV), Arlen Santiago (PTB), Cássio
Soares (PSD) e Sargento Rodrigues (PTB).
Em conversa com a reportagem, o único que admitiu que
pretende tentar se eleger para o cargo foi o deputado estadual Sargento Rodrigues. “Eu vou trabalhar para
isso. Todos os deputados podem se colocar na disputa, ganha quem tiver mais
prestigio. Esse é um trabalho de corpo a corpo, um trabalho de contato
pessoal”, disse o parlamentar.
Rodrigues afirmou que vai defender bandeiras como o corte de
despesas da casa. “Quero apresentar propostas de reduções de gastos sem haver
corte do exercício da atividade parlamentar, sem reduzir as funções e as
prerrogativas dos parlamentares. Eu vou trabalhar também pelo corte de
privilégios dos Poderes do Estado. Essa é a tese que nós defendemos”, explicou
o deputado.
Cássio Soares afirmou que seu nome foi ventilado para
pleitear o cargo, mas declarou que, por ora, não é candidato. “Fico lisonjeado
de meu nome ter sido citado, mas acho que ainda está muito cedo para essa
pauta. Estamos, agora, no momento de discutir a composição dos blocos aqui na
Casa”, contou.
NOME FORTE
Líder do bloco independente na Casa, Agostinho Patrus também
é um dos cotados para concorrer à presidência do Legislativo no próximo
mandato. Nos bastidores, ele seria o nome mais forte, uma vez que seu partido,
o PV, foi o único a declarar apoio à candidatura do governador eleito, Romeu
Zema (Novo), no segundo turno das eleições.
No entanto, Agostinho Patrus se esquivou do assunto e disse
que não tem nada certo ainda sobre a disputa. Segundo Patrus, a prioridade
agora é o encerramento do ano legislativo e a discussão de questão orçamentária
do Estado. “Fico muito feliz de estar sendo citado, mas essa questão também
passa pelos novos deputados que foram eleitos. Se essa for a forma de eu dar
minha contribuição aqui na Casa, não vejo motivos para não aceitar”, disse.
O deputado estadual Arlen Santiago também não confirmou que
pode ser candidato à presidência da ALMG. Segundo ele, as discussões estão
muito incipientes, pois a eleição é em fevereiro e, até lá, “tem muita água
para rolar”. No entanto, Santiago admitiu que alguns colegas estão considerando
essa possibilidade. “Felizmente para mim, alguns companheiros acham que, até
pela antiguidade e pela trajetória aqui na Casa, que meu nome seria bem visto.
Eu fiquei muito lisonjeado com isso. Se os companheiros forem colocar alguma
missão para mim, eu estou aqui para ajudar Minas Gerais, não vou fugir”,
declarou.
TROCA DE FARPAS
Critica
Apesar de as articulações nos bastidores estarem apenas
começando, a sucessão para a presidência da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG) já rende atrito entre dois dos cotados, os deputados Arlen
Santiago e Sargento Rodrigues, que são
do mesmo partido, o PTB.
Possibilidade
Apesar de apenas Rodrigues já ter colocado seu nome para a
disputa, Arlen não negou a possiblidade de participar da eleição. Questionado
sobre como seria a disputa com dois parlamentares do PTB, Arlen cogitou a
possibilidade de Rodrigues ser candidato ao cargo de primeiro secretário da
Casa.
Reação
Ao saber da fala, Rodrigues sugeriu que Arlen Santiago ocupasse o cargo. “Quem tiver mais privilégio disputa a presidência. Sobre ser primeiro secretário, essa é uma boa função para ele também, não é?, disparou.
Ana Luiza Faria – Jornal O Tempo