Farra das diárias repercute em Muzambinho

O Ministério Público de Guaxupé vem agindo no sentido de coibir a “farra de diárias” por parte dos agentes políticos do município. Esta situação também é questionada por populares na cidade de Muzambinho, principalmente envolvendo vereadores e membros do Executivo. Vale informar que na última semana quatro vereadores (Canarinho, Luquinha, Pelezinho e Daniel) estiveram em Belo Horizonte, mesmo com os deputados em pleno período de recesso parlamentar.

Questionado sobre possível abuso na prática de diárias em Muzambinho, o vereador João Batista Vasconcelos (PRB), mais conhecido por “João Pezão”, foi direto ao analisar o tema. Para ele, quando a intervenção do Ministério Público se torna necessário em assuntos da Câmara, os próprios vereadores deveriam ter consciência de seus atos. Ou seja, justificando a necessidade de tantas diárias. Mas garante que não ocorre abuso em Muzambinho, onde não existe “diária”, mas “adiantamento de despesa”. Revelou que viagem feita por quatro vereadores a Brasília/DF no mês de maio (João Pezão, Canarinho, Luquinha e Cleber), foi feito um adiantamento de despesa no valor de R$ 16 mil. Porém, os gastos individuais aproximados foram de R$ 1.200,00 (Canarinho), R$ 1.890,00 (Luquinha), R$ 1.820,00 (João Pezão) e R$ 1.700,00 (Cleber), sendo possível uma devolução em torno de R$ 9 mil aos cofres públicos do município.

Durante viagem à capital federal, segundo João Pezão, foi possível conquistar recursos de R$ 100 mil junto ao deputado federal Aelton Freitas (PR). A proposta já foi cadastrada e o valor deverá ser investido na cobertura de quadra esportiva no bairro Barra Funda. “Já não é propaganda enganosa”, garantiu. Portanto, como seu gasto foi em torno de R$ 1.820,00, a viagem gerou um resultado positivo de R$ 100 mil.

João Pezão não deixou de criticar o Executivo: “Acho que onde há um desperdício e fartura muito grande de diárias, é no Executivo através de servidores e cargos de confiança. Todo mês faço levantamento e no último mês houve um gasto de R$ 23 mil”. Para ele, somente o valor em torno de R$ 3 mil seria suficiente para atender as necessidades do Executivo.

Quanto à viagem de quatro vereadores a Belo Horizonte em pleno recesso parlamentar, João Pezão preferiu não responder pelos colegas. Mas acredita que deve haver alguma justificativa para a viagem à capital mineira.