Governador assina decreto de estadualização da FESP

Um dos últimos atos do governador Antonio Anastasia antes de deixar o cargo na quinta-feira, 3 de abril, foi a assinatura do decreto de estadualização da FESP. Aguardada com muita expectativa, a cerimônia aconteceu no Palácio Tiradentes com transmissão simultânea para as três fundações educacionais que serão vinculadas à Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). Além da FESP, também serão estadualizadas as Fundações Educacional Funedi, de Divinópolis; e a Educacional FEIT, de Ituiutaba.

O decreto de estadualização da FESP vai garantir a gratuidade do ensino para 3.992 alunos que atualmente estão matriculados na universidade em Passos, a partir do dia 3 de novembro de 2014. O governador garantiu que o ato é irreversível, ou seja, a estadualização é definitiva. A FESP será a última na fila de estadualização, uma vez que é a maior de todas as faculdades que serão absorvidas. “Em se tratando da estadualização da universidade de Passos o assunto está resolvido”, garantiu em sua fala o governador.

Cerca de 30 alunos da FESP compareceram à solenidade. Chegaram cedo ao Palácio Tiradentes acompanhados dos vereadores passenses Iran Parreira, Alex Bueno, Reinaldo Santos, Cenira Fátima, Hilton Silva, João Rezende, Isabel Ribeiro e do Presidente do Conselho Curador da FESP, Fábio Kallas. Também estiveram presentes os vereadores de Delfinópolis Mauro Assis (presidente da Câmara), Gilvane Ferreira dos Santos e Marta Caetano de Oliveira.

Antonio Anastasia lembrou que o primeiro passo dado foi a implantação do Pro-Uemg, durante o governo Aécio Neves, programa que criou as bases para a expansão do ensino superior público, gratuito e de qualidade em Minas Gerais. O governador destacou ainda que, concluído todo o processo, a Uemg se transformará na terceira maior universidade do Estado, beneficiando mais de 18 mil alunos em suas unidades.

Alunos

Após o término da cerimônia, os alunos da Fesp presentes no evento conversaram bastante sobre o assunto com o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Social, deputado estadual Cássio Soares.  “Eu sei o quanto é difícil arcar com as despesas de um curso superior. E garanto que toda a região está feliz e comemorando este feito histórico. Sei também o quanto os alunos estão ansiosos. Porém, agora falta pouco”, declarou Cássio Soares.

Para a estudante de direito Andréia Marinho Alves a data escolhida para estadualização da FESP em novembro não era o que desejavam, mas estão otimistas quanto à encampação. “Alguns só vão acreditar mesmo quando chegar em novembro, mas na minha opinião a maioria dos alunos aceitou bem este decreto”, declarou a estudante. “Passos hoje tem um representante presente e atuante. Cássio nos atendeu desde o princípio quando precisamos falar com ele, abriu as portas do gabinete. Ouviu nosso clamor, nossos anseios. Com certeza ele nos representa”, afirmou.

Coordenada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), está sendo criada toda infraestrutura para assegurar comodidade e condições adequadas de aprendizagem para os novos alunos que estão chegando à Uemg. Já foram estadualizadas a Fundação Helena Antipoff, de Ibirité; a Fundação Educacional Campanha da Princesa, de Campanha; a Fundação Fafile, de Carangola, e a Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha (Fevale), de Diamantina.

Mais cursos

A Uemg possuía 32 cursos de graduação antes do processo de estadualização, onde alguns são oferecidos exclusivamente em algumas unidades e outros são comuns a duas ou mais unidades, tanto na capital quanto no interior. A primeira etapa de estadualização, que conta com a absorção dos cursos superiores da Fundação Helena Antipoff, propiciou um aumento de 20 novos cursos para a Uemg, totalizando 52 cursos superiores. Concluído o processo de estadualização, depois da efetivação da segunda etapa, serão absorvidos mais 60 novos cursos, atingindo o número de 112 cursos.