Publicado em 14/04/2021 - politica - Da Redação
Objetivo: mitigar efeitos da crise
Projeto precisa terá maior análise
Reunião no Planalto debateu tema
O governo federal criou um grupo de trabalho para avaliar a anulação de tributos sobre micro e pequenas empresas. Os empresários querem 5 ou 6 meses de perdão. O Sebrae atuará com a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa para sugerir quais setores precisam do perdão de dívidas. A decisão foi tomada na tarde da 3ª feira (13.abr.2021), durante reunião no Palácio do Planalto.
Turismo,
beleza, eventos e bares e restaurantes, que tiveram resultados desastrosos em
março com as medidas restritivas, podem ser “oxigenados”
com essa proposta e evitar mais demissões.
“Se
ele não pagou a folha de pagamento, esquece o tributo porque é pouquinho. Não
adianta Refis [programa
de refinanciamento de dívidas], não
adianta atrasar dívida. Viemos aqui para pedir velocidade”, disse
o senador Jorginho Mello (PL-SC) depois da
reunião.
O
encontro durou mais de duas horas e teve a presença do presidente Jair
Bolsonaro, dos ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Secretaria
Geral), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Fábio Faria (Comunicações),
Marcelo Queiroga (Saúde) e empresários.
Na
ocasião, Guedes disse preferir que os setores mais prejudicados pela crise não
paguem tributos por alguns meses do que fechem suas portas e demitam mais
funcionários. A Receita Federal adiou recentemente os impostos que incidem
sobre o Simples Nacional, regime tributário para
micro e pequenas empresas. O debate ocorre em um momento em que governo espera
alta da arrecadação de tributos em março, mesmo com a pandemia.
O
presidente do Sebrae, Carlos Melles, disse que foi uma reunião
muito positiva e clara para debater o que as pequenas empresas estão
precisando. Apresentou diversas dados sobre como anda o setor. Ele ainda
elogiou o trabalho do Executivo no 1º ano da pandemia e pediu a renovação de
algumas iniciativas em 2021.
As
empresas esperam que depois da sanção do Orçamento sejam relançados o Pronampe (linha de crédito para
pequenos negócios) e o BEm (que permite a redução de jornada
e salário ou de suspensão de contratos). E que seja votado o MEI caminhoneiro, na Câmara.
Douglas Rodrigues – Poder 360