Juros mais baixos para Santas Casas

Publicado em 23/03/2012 - politica - Assessoria - Janaina Massote

A Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas na área da Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais participará, no dia 28 de março, de uma reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília. No evento, será firmado um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Ministério da Saúde para a reestruturação de linha de crédito para o setor.
O convênio foi anunciado nesta quarta-feira (21/03) pelo coordenador da Frente em Minas, deputado Carlos Mosconi (PSDB). O acordo beneficiará mais de duas mil instituições filantrópicas da saúde existentes no Brasil. O BNDES propõe uma redução da taxa anual de juros de 16% para 10%, valor bem menor do que o praticado no mercado. Além disso, o prazo de pagamento aumentará de 6 para 10 anos.
“A dívida nacional dessas entidades já chega a R$ 6 bilhões. Precisamos encontrar alternativas para solucionar esse problema. Com a linha de crédito do BNDES, vamos alongar o prazo do financiamento, diminuir a taxa de juros e o valor das parcelas. Desta forma, os hospitais terão condições de reduzir seus déficits”, afirmou Mosconi, que também é o presidente da Comissão de Saúde da ALMG.
Cerca de 55% dos hospitais filantrópicos brasileiros estão localizados em municípios com até 30 mil habitantes. Das internações feitas no Sistema Único de Saúde (SUS), 45% são realizadas pelas entidades filantrópicas da saúde. Dez milhões de atendimentos ambulatoriais também são feitos por ano por essas instituições.

Minas Gerais. De acordo com a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas), a dívida dessas entidades no Estado chega a R$ 500 milhões. Atualmente, são 350 instituições filantrópicas em Minas, sendo que 30% delas estão endividadas. Desse total, 50 hospitais filantrópicos mineiros possuem dívidas que variam entre R$500 mil e R$5 milhões.