Publicado em 29/12/2010 e atualizado em 29/12/2010 - politica - Agência Minas
Os diversos indicadores econômicos estão apontando que Minas Gerais deverá fechar 2010 registrando um forte ritmo de crescimento e atração recorde de investimentos em diversas cadeias produtivas que irão repercutir positivamente nos próximos anos com ampliação dos níveis de emprego e renda e grandes melhorias para o conjunto da sociedade.
A informação é do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sergio Barroso, ao avaliar os resultados colhidos ao longo dos últimos anos, especialmente após a crise financeira internacional. “O Estado soube tirar proveito da situação passando pela recessão mundial sem maiores turbulências”, diz.
“Graças a ações enérgicas adotadas lá atrás, ainda no primeiro governo Aécio Neves, e consolidadas na gestão do governador Antonio Anastasia, Minas Gerais construiu um excelente ambiente de negócios e em parceria com a iniciativa privada avançou rapidamente”, frisou o secretário Sergio Barroso. Ele também lembrou que Minas Gerais conta com boa infraestrutura e logística, mão de obra qualificada, abundância de matérias primas, mercado em expansão, grande oferta de terrenos para a implantação de distritos industriais e condições excepcionais de clima e solo para o desenvolvimento de várias culturas.
Boas perspectivas
Entre os fatores responsáveis pelas boas perspectivas para a economia mineira, aparece, por exemplo, o comércio externo. “Em 2010 as exportações deverão atingir entre US$ 30,5 bilhões e US$ 31 bilhões, as importações também vão registrar recorde e ultrapassar os US$ 10 bilhões, em um demonstrativo claro que os efeitos da crise mundial de 2008 já foram completamente dissipados do cenário”, disse.
Sergio Barroso ressalta que “embora o carro-chefe das exportações continue sendo o minério de ferro, as commodities agrícolas - café, açúcar e celulose - ganharam destaque e têm sido responsáveis pela diversificação da pauta. Juntamente com a abertura de novos mercados no Oriente Médio e na África, elas favoreceram o comércio exterior de Minas Gerais”.
O secretário lembrou que a África abriu um novo filão para Minas Gerais através da cadeia de fornecimento da construção civil e alimentos. “Angola tem uma das três pautas mais diversificadas. Apenas o país importa mais de mil itens, principalmente de construção, incluindo empresas de engenharia. Por outro lado, a importação de frutas veio para consolidar o Projeto Jaíba como polo exportador”.
“Trata-se de um novo tempo para o Jaíba. Os produtores da região já estão oficializando a criação da Cooperativa Central Jai, o que significa um passo muito importante para aumentar as exportações diretas de frutas, o que, ao lado da certificação para o mercado externo, confirma o surgimento de um polo importante no Estado”, acrescentou Sergio Barroso.
Ele assinalou que o crescimento das exportações de commodities agrícolas é o resultado mais facilmente percebido do esforço e dos investimentos dos últimos anos do Governo de Minas para a implantação de usinas de açúcar e álcool no Estado. “O crescimento das exportações de açúcar só demonstra a maturação dos investimentos em novas usinas em diversas regiões”, frisou.
Esse crescimento tem sido consistente e acima da média nacional. Enquanto neste ano as exportações do Brasil cresceram 30,7%, as de São Paulo 24,2%, as vendas externas de Minas Gerais foram 57,2% maiores. Com isso, a participação estadual na balança comercial brasileira saltou dos 10,3% de 2003, para 15,3% em 2010.
Sergio Barroso explicou que, para diversificar a pauta, Minas Gerais criou o maior programa para apoiar as empresas na área de exportação do país. São várias ações, desde a orientação ao empresário e ao extensionismo, à adequação tecnológica até a promoção comercial através de feiras e rodadas internacionais, como a própria Superminas, realizada anualmente em Belo Horizonte.