Publicado em 01/11/2018 - politica - Da Redação
O
Ministério Público de Passos suspendeu o leilão e a venda de qualquer imóvel
pertencente à Fundação de Ensino Superior de Passos (FESP) para o pagamento
dívidas trabalhistas. A suspensão vai até o dia 31 de dezembro de 2018, prazo
para tramitação do Projeto de Lei (PL) 5.429/18, de autoria do Governo do
Estado, autorizando o mesmo a assumir o passivo financeiro das fundações de
ensino associadas à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).
O
anúncio foi feito pelo pró-reitor de Planejamento, Gestão e Finanças da
Universidade, Fernando Antônio França Sette Pinheiro Júnior, respondendo a
questionamento do deputado estadual Cássio Soares, durante Audiência Pública na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que debateu sobre a transferência do
passivo das fundações absorvidas pela UEMG.
De
acordo com Fernando, o Ministério Público entendeu que o Governo de Minas
sinalizou de forma positiva a aprovação do PL que incorpora as dívidas da UEMG.
“O Ministério Público nos dá, entre aspas, um prazo para que a gente realmente
aprove esse Projeto. Isso mostra a necessidade de celeridade no processo”,
afirmou o pró-reitor, durante a audiência que contou ainda com as presenças da
reitora Lavínia Rosa Rodrigues e do vice-reitor Thiago Torres Costa Pereira.
Durante
a Audiência, a reitora explanou sobre as necessidades da UEMG, falou sobre a
situação das unidades e o quanto esse processo de encampação é aguardado há 29
anos. “A UEMG é um patrimônio cultural, um polo educador para muitas pessoas, e
contamos com ajuda do deputado Cássio e da ALMG para proteger o nosso
patrimônio. Esse projeto precisa ser aprovado para garantir a proteção de toda
a Universidade. A incorporação de todas as fundações, juntamente da FESP em
Passos, garante a ampliação da UEMG, uma vitória para os cursos, professores e
alunos. Não se trata apenas de uma dívida, e sim de um ganho para o Estado na
área de educação”, ressaltou a reitora Lavínia.
Passivo e ativo
O debate encabeçado pelo deputado estadual
Cássio Soares, ressaltou a importância da incorporação em razão do ganho
orçamentário, devido aos ativos provenientes das fundações incorporadas pela
UEMG. A garantia de qualidade do ensino com a manutenção das unidades
espalhadas pelo Estado, com seus laboratórios, pesquisas, extensões acadêmicas,
alunos e professores. Além de salvaguardar a infraestrutura atual da
Universidade, em questões patrimoniais pensando prontamente em melhorias
cruciais nas unidades, como é o caso de Passos, com a reforma e construção de
prédios para receber cada vez melhor os alunos.
O Projeto de Lei aponta que o Estado deve
assumir uma dívida de pouco mais de R$ 100 milhões, porém, segundo afirmou a
reitoria durante a Audiência Pública, a Universidade tem um ativo de R$ 150
milhões das seis fundações, entre elas a FESP. “A intenção da nossa audiência
pública foi de esclarecer todos os pontos contidos no Projeto de Lei, para
garantir celeridade no processo de absorção das fundações e seus ativos e
passivos. Precisamos dar sequência ao projeto de modernização, evolução, aprimoramento
do ensino superior público do Estado de Minas Gerais, sobretudo, da UEMG”,
enfatizou o deputado estadual Cássio Soares.
Ainda durante a reunião, a reitora Lavínia afirmou que está sendo feito levantamento de todas as necessidades estruturais das unidades da UEMG, especialmente de reforma em prédios para um planejamento de execução a partir de fevereiro do próximo ano. “A nossa Universidade que queria ser grande. Ela de fato é grande hoje. É um patrimônio que precisamos preservar. Há oito anos, tínhamos 6,2 mil alunos com 32 cursos de graduação. Hoje, são mais de 21 mil alunos e 115 cursos de graduação presencial”, afirmou a reitora.
ASCOM