Mosconi defende mudança na fiscalização do queijo minas artesanal

Publicado em 22/11/2011 - politica - Assessoria de Comunicação

Deputados mineiros e especialistas do setor agropecuário se reuniram na quarta-feira (16-11) para debater mudanças na legislação sobre a comercialização e produção do queijo minas artesanal. A portaria federal 146/1996 impede o comércio do queijo artesanal mineiro além das fronteiras do Estado. O assunto foi discutido em audiência pública na ALMG.
O deputado Carlos Mosconi (PSDB) faz um contraponto entre o rigor exigido para o queijo mineiro e a utilização de agrotóxicos em lavouras que não é tão bem fiscalizada no país. “A política de controle e fiscalização de agrotóxicos no Brasil não é feita adequadamente. Somos o país que mais utiliza o produto químico em lavouras no mundo. O uso excessivo do agrotóxico pode causar diversas doenças. Mas não há rigor sobre isso. Agora, o queijo minas artesanal é fiscalizado rigorosamente pelo governo federal”, disse o deputado.
O zootecnista e especialista na produção de queijo, Mário Augusto Passos, defendeu a fiscalização sanitária no rebanho que fornece o leite para a produção do queijo. “Se for apurada alguma contaminação no queijo, o problema não é do produto, é do rebanho. Em todo o mundo, as regras sanitárias estão centradas na qualidade do leite, sendo a comercialização livre. Só aqui é diferente”, informou Passos.
Patrimônio. O queijo artesanal é feito de leite cru. A lei exige um processo de maturação de 60 dias do produto ou a pasteurização do leite. Caso isso seja feito, o queijo minas, considerado patrimônio imaterial cultural do país, perderia seu sabor e características tradicionais, segundo o zootecnista.
Em Minas Gerais, são cerca de 30 mil produtores de queijo que não podem expandir sua produção por causa da restrição legislativa. “Na cidade de Caldas, no sul de Minas, cerca de 300 famílias trabalham, direta ou indiretamente, na fabricação do queijo. Muitas dessas produções passaram de pai para filho. Não podemos permitir que isso acabe”, concluiu Mosconi.

Texto: Janaina Massote - Assessora de Imprensa do dep. Carlos Mosconi (PSDB)
Gabinete Parlamentar em Belo Horizonte