
Na segunda-feira, 28, a Comissão Extraordinária de Acompanhamento da Reforma Política da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), sob a coordenação do deputado Carlos Mosconi (PSDB), recebeu os ex-governadores mineiros Eduardo Azeredo (PSDB) e Newton Cardoso (PMDB), que atualmente são deputados federais. Eles integram a Comissão Especial da Reforma Política da Câmara dos Deputados.
De acordo com o deputado Carlos Mosconi, Minas está empenhada em analisar todas as propostas para que as novas regras da política sejam as mais democráticas possíveis. “A Assembleia está acompanhando os trabalhos no Congresso. Precisamos ouvir as ideias que estão sendo discutidas em Brasília para propormos as nossas”, explicou Mosconi.
Para o deputado federal Eduardo Azeredo, os temas mais polêmicos da reforma são o financiamento de campanha e o sistema eleitoral. “O financiamento público é mais democrático porque todos os candidatos vão concorrer em condições igualitárias.
O distrital misto seria o sistema eleitoral que mais agrada aos políticos”. O distrital misto é um combinação do voto aberto em nomes e a lista partidária. Mas Azeredo afirmou que o PSDB ainda não tem uma posição consolidada. “O partido vai estudar as teorias primeiro para que seja feito o melhor para o País”, garantiu o deputado federal.

Segundo o deputado Newton Cardoso, a reforma política foi uma imposição da sociedade brasileira. “Esse ano, nós teremos uma reforma política. Estamos no momento certo, início de governo federal, e todos estão empenhados para que as mudanças ocorram”, disse. Newton Cardoso continuou explicando que o PMDB é favorável ao distrital. “O partido está aceitando melhor o sistema eleitoral distrital. Afinal, quem tem mais votos, deve vencer as eleições”, concluiu.
Consenso. Alguns assuntos da reforma política já estão tomando o rumo de um consenso geral entre os parlamentares. “Por essa reunião extraordinária, percebemos que há um consentimento em Brasília sobre o término da coligação. E o voto deve continuar obrigatório”, explicou Mosconi. Atualmente, existe uma comissão na Câmara e outra no Senado.
Outros assuntos também pretendem ser discutidos na Assembleia, como a candidatura avulsa, filiação partidária e domicílio eleitoral, reeleição e mandato. A comissão da ALMG deve ouvir nas próximas semanas, além de autoridades políticas, representantes da sociedade civil e acadêmicos. O deputado Mosconi pretende levar, juntamente com os parlamentares mineiros, o estudo realizado em Minas para o Congresso Nacional.