Publicado em 22/10/2016 - politica - Da Redação
E agora, prefeito?
Neste primeiro momento, os novos prefeitos, além de tomarem conhecimento da real situação dos municípios através dos dados que serão coletados pela equipe de transição, terão que agir politica e tecnicamente na formação de sua equipe de trabalho. A coluna já observa as primeiras divergências surgindo, com pressão de todo lado e principalmente daqueles que querem conquistar uma “boquinha” na futura administração.
Alguns prefeitos afirmam que não tem compromisso com ninguém, mas na prática isto não corresponde à verdade. Além de estar filiado a um partido, eles foram eleitos por uma coligação que precisa ser ouvida e respeitada. Assim, evitando turbulências que sempre acabam por atrapalhar. Vale lembrar que ninguém governa sozinho.
E quem tentou isso, se deu mal. Por enquanto, é tudo festa e muita bajulação. Mas a partir de janeiro, acaba a lua de mel e começam as cobranças. Nada de misturar arrogância, humildade deve ser a palavra chave para os objetivos serem alcançados.
Reforma política deveria começar pelo fim do voto obrigatório
O renomado colunista e jornalista Sebastião Nery trouxe o tema nesta semana, que faço questão de reproduzir com os leitores.
“No Brasil o voto é exigência legal, punindo o eleitor ausente que deve justificar-se na Justiça Eleitoral, para não ter interditado os seus direitos políticos. A punição é severa, não podendo participar de concurso público, matricular-se em universidades federais, tirar carteira de identidade, passaporte ou obter empréstimos em bancos públicos. O voto obrigatório é uma clara tutela do cidadão, determinando arbitrariamente punição em um regime democrático. A obrigatoriedade de votar no Brasil é um exemplo de subdesenvolvimento político.
Os seus defensores estão enquistados nos três poderes republicanos. Os diferentes partidos em todos os padrões ideológicos, direita, esquerda, centro e adjacências, defendem a obrigatoriedade do voto. No Judiciário, amplos setores entendem que os brasileiros não estão preparados para o voto facultativo. No Executivo não é diferente. Já no mundo desenvolvido, onde as populações têm mais elevados índices de integração humana e democrática, prevalece o voto facultativo.
EMENDA NO SENADO
Antenado com o desejo dos brasileiros, o senador Álvaro Dias (PV-PR) formulou Emenda Constitucional defendendo o fim do voto obrigatório, por ser incompatível com as liberdades individuais.
- “O voto obrigatório no Brasil estimula os altos índices de abstenção, votos nulos e brancos, bem como escolha de qualquer candidato só para cumprir obrigação jurídica de votar e escapar das sanções legais”.
No Supremo, o ministro Marco Aurélio, defensor do voto facultativo, entende que o voto obrigatório deva ser abolido. No Tribunal Superior Eleitoral, a sua grande maioria expressa essa tese anacrônica.
O voto facultativo é a expressão máxima de uma democracia real, o voto obrigatório uma clara anomalia democrática. A verdadeira reforma política deveria começar pela revogação da obrigatoriedade do voto. Ela é uma das causas da corrupção política”.
Sorte com os números “redondos”
A votação eletrônica em Muzambinho foi diferente para aqueles candidatos ao Legislativo que tinham o número terminados em três zeros. Dos 11 eleitos, 07 deles estavam nesta situação. Com o número de partido, todos cadastraram três zeros e obtiveram o almejado sucesso nas urnas. Confira a sequência: Dr. Vicente (45.000), Fernando da Saúde (22.000), Chiquinho da Muleta (36.000), Daniel Ferraz (14.000), Marinho Menezes (11.000), Afrânio Verdureiro (90.000) e João Pezão (20.000).