Políticos intercedem em favor dos produtores da Canastra

O secretário de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, o deputado estadual Antônio Carlos Arantes, o prefeito de São Roque de Minas, Nilzo de Faria e o procurador do município José Donizete Gonçalves se reuniram com o secretário de Meio Ambiente Adriano Magalhães na terça-feira, 04. Melles, Arantes, Nilzo e Donizete expuseram a Adriano que recentemente houve uma decisão judicial que limitou o Parque Nacional da Canastra em 70 mil hectares. Acontece que o decreto 70.355 (03/04/1972) da criação do Paraque em seu artigo primeiro estabele que a área equivale a 200 mil hectares. Os 130 mil hectares restantes contam hoje com cerca de 400 a 500 produtores que se encontram engessados, pois não sabem qual a medida que o Estado irá tomar em termos de fiscalização de licenciamento ambiental. O secretário disse que uma decisão judicial pode ser derrubada, mas adiantou que irá se posicionar, depois que houver uma solicitação formalizada do município para um parecer.
Antônio Carlos, que já provocou audiência pública sobre a delimitação do parque na Assembleia, revelou que a incerteza toma conta dos produtores, pois os mesmos não sabem se devem seguir regras do Estado ou do Governo Federal, normalmente fiscalizado pelo Instituto Chico Mendes.
O secretário Carlos Melles lembrou também que como deputado federal juntamente com outros parlamentares na Câmara provocou a discussão desde 2006 sobre a delimitação do parque para viabilizar a regularização de atividades produtivas que ocorrem por lá.
José Donizete reiterou que os produtores querem apenas ser orientados para poderem trabalhar em paz. “Imagine se alguém começa a preparar a terra em sua propriedade e a Polícia Ambiental aparece, impede-o e ainda o multa”, refletiu.
Antônio Carlos saiu otimista do encontro: “Acho que depois que a prefeitura de São Roque se posicionar formalmente referente a esta situação na Canastra, o Governo nos dará uma posição oficial e isto norteará nossas ações daqui pra frente”. Mas o parlamentar está receoso com esta situação atual. “Os produtores estão angustiados, querem apenas andar conforme a lei, mas não sabem a quem recorrer, por isto, viemos aqui em busca desta saída”, reiterou.

Assessoria - Ricardo Gandra