Prefeituras sentem reflexo da queda na arrecadação

Publicado em 31/01/2011 - politica - Assessoria de Comunicação

Não é apenas a prefeitura de Poços de Caldas que sente o reflexo da queda de arrecadação, causada principalmente pela crise financeira mundial de 2008. Outras dezenas de prefeituras mineiras entre as quais se inclui Barbacena e Governador Valares continuam no vermelho não conseguindo pagar até agora o 13º salário dos servidores.
Entre as cidades de porte médio, apesar de ainda sofrer com a queda de arrecadação, Poços de Caldas mantém o pagamento do funcionalismo em dia.
A prefeita de Barbacena, Danuza Bias Fortes (PMDB) diz que a dívida (R$25 milhões), herdada da administração anterior, aliada à queda de arrecadação, resultou numa verdadeira bola de neve causando problemas que resultaram na falta de recurso para o pagamento do 13º a boa parte dos servidores.
Pelo mesmo motivo, a prefeitura de Governador Valadares começou 2011 no vermelho e o prefeito chegou a anunciar o pagamento do décimo terceiro salário aos 8 mil servidores apenas em março deste ano, mesmo assim dependendo de um empréstimo a ser feito junto ao Instituto de Previdência Municipal. Com a redução dos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e a dívida deixada do governo anterior, a prefeita Elisa Costa (PT) diz que o município deve hoje algo em torno de R$ 25 milhões.
A solução buscada por várias prefeituras que estão sofrendo queda de arrecadação é a redução do custeio, com corte de cargos comissionados e a adoção de meio expediente, prática já adotada pelo prefeito Paulo Cesar Silva na prefeitura local.
Em Divinópolis, outro município de porte médio, localizado no Alto Paranaíba, a prefeitura promoveu o corte de 20% nas despesas, readequando seus gastos já que a arrecadação vem sofrendo queda desde 2008.
Um estudo da Confederação Brasileira dos Municípios revela que cerca de 300 prefeituras, principalmente em Minas e nos estados do Nordeste ainda não pagaram o 13º salário.