Reunião da Câmara de Guaxupé é cancelada depois de invasão

Publicado em 15/04/2015 - politica - Da Redação

Reunião da Câmara de Guaxupé é cancelada depois de invasão

Seguranças da Câmara e PMs tentam conter Helthon no plenário da Câmara.

A 5ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Guaxupé foi cancelada na segunda-feira, 13 de abril, por conta da invasão do guaxupeano Helthon Souza Santos, ocorrida logo no início da reunião, quando ele cobrou o direito de usar a tribuna, a fim de se defender da acusação de ‘roubo do dinheiro público’, feita pelo vereador Odilon dos Anjos Couto (Blaqueador), há poucos dias.

Desafeto ferrenho do Legislativo local, Helthon foi retirado pela Polícia Militar, depois que nem a segurança daquela Casa de Leis foi capaz de conter a ira do rapaz.

A confusão aconteceu durante a leitura da ata da 4ª Sessão, quando Helthon, aos gritos, indagava à Mesa Diretora se seu nome constava na ata (para usar a tribuna). Sem respostas, ele iniciou uma série de declarações contra a Câmara, tendo enfatizado o direito de defesa, mas sido contestado pelo presidente da Câmara, Durvalino Gôngora de Jesus (Nico), de que seu pedido estava em desacordo com o regimento interno. Enfurecido, Helthon passou a insultar os vereadores, dizendo que eles têm praticado a “farra das diárias”, onde usam o dinheiro público para viajar, supostamente sem favorecer a comunidade.

Indignada, a maior parte dos vereadores deixou o plenário, tendo o dirigente acionado a Polícia Militar, enquanto Helthon ocupava o local para fazer um discurso intenso e, alternadamente, indagar os legisladores de forma muito áspera. Após tentativas frustradas da segurança da Câmara de retirar o cidadão do plenário, a PM compareceu ao local e, de forma diplomática, levou Helthon para a 79ª Cia. Especial PM/MG. Enquanto isto, os vereadores decidiram cancelar a sessão, tendo antes alguns deles feito discursos ferrenhos contra Helthon.

Iniciadas em 2013, as divergências entre Helthon Santos e a atual legislatura já resultou em caso de polícia por diversas vezes, quando o rapaz, geralmente acompanhado por outros manifestantes, faz insinuações sobre a idoneidade dos políticos do Legislativo local. Num dos casos, Helthon representou contra a Câmara na Justiça por conta dos salários dos vereadores (quando o Ministério Público determinou a redução de aproximadamente R$ 2 mil nos subsídios dos políticos). Depois disto, ele (que lidera um movimento denominado ‘Acorda Guaxupé’, passou a adotar postura de inimigo não só da Câmara, mas também da atual gestão pública, no Executivo, fazendo críticas e ofensas pelo Facebook, com distribuição de panfletos e outros tipos de atos.

No último episódio, o cidadão, que seria representante do PCdoB em Guaxupé, foi acusado pelo vereador Odilon (Blaqueador, que contra-atacou Helthon) de ter roubado dinheiro público, num caso em que ele teria mentido para o Instituto Federal de Educação e Tecnologia, de Muzambinho, para conseguir emprego como professor (na ocasião, Helthon teria afirmado ao IF Sul de Minas que não ocupava cargo público, mas, na verdade, era funcionário da Prefeitura em Guaxupé). Episódio a mais na “novela” entre Câmara e Helthon, o dia de hoje no Legislativo foi cancelado, embora a pauta contivesse temas pertinentes à comunidade guaxupeana.

FONTE: CARLOS ALBERTO  / JOGO SÉRIO - GUAXUPÉ