Publicado em 06/06/2020 - politica - Da Redação
Serão disponibilizados, via BDMG, R$
392 milhões na safra 2020/2021, um aumento de 55% em relação à safra anterior
O governador Romeu Zema
anunciou na tarde da sexta-feira( 5/6), por meio de videoconferência, que
o Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) disponibilizará o maior crédito
da história voltado ao setor cafeeiro, por meio do Fundo de Defesa da Economia
Cafeeira (Funcafé).
Serão R$ 392 milhões na
safra 2020/2021, um aumento de 55% em relação à safra anterior. Trata-se do
terceiro maior orçamento do fundo no Brasil, atrás apenas de bancos com atuação
nacional.
Segundo o governador, os
recursos contribuirão de forma decisiva para que os cafeicultores tenham
condições de levar adiante os seus sonhos. “Ter acesso ao crédito faz com que
eles não tenham que vender de forma prematura e a qualquer preço a produção. É
muito bom saber que Minas conta com instituições que têm colaborado tanto com a
atividade, como Epamig, Emater e IMA, fundamentais para a
evolução de toda a cadeia”, ressaltou.
Alcance
Para o diretor-presidente do
BDMG, Sérgio Gusmão, ocupar a terceira colocação em termos de alocação de
recursos demonstra que a trajetória foi de muito trabalho. “No ano passado
conseguimos ter um ganho no desembolso superando em 20% em relação ao ano anterior.
Isso significa que, até o momento, liberamos R$ 303 milhões para a safra
2019/2020”, relatou.
Gusmão também chamou atenção
para o alcance do crédito. “Nós estamos falando de 85 mil cooperados, 14
cooperativas e 19 comercializadoras, além da parte de investimento e
armazenagem”, disse.
Antecipação
A secretária de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini,
falou da força do setor em Minas Gerais. A economia cafeeira mineira é a
principal do país e uma das maiores do mundo. O estado responde por pouco mais
da metade da produção nacional. “Ao todo, Minas reúne 140 mil produtores de
café. Deste total, 124 mil são pequenos cafeicultores”, destacou.
O presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões,
comemorou a antecipação dos recursos, que antes eram disponibilizados em
agosto. “Este ano inaugurou-se uma nova era com a liberação do Funcafé em
junho. É bom testemunhar a eficiência do BDMG: sempre fazendo a aplicação
correta e total dos recursos”, elogiou.
Também participaram da
videoconferência o presidente da Emater, Gustavo Laterza; a presidente
da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Nilda de
Fátima Ferreira Soares; o presidente do Sindicato e Organização das
Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato e o 1º
vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas, deputado Antônio Carlos
Arantes.
Linhas
Por meio do Funcafé, o BDMG
disponibiliza três linhas de crédito. A primeira, Funcafé Comercialização, é
voltada para cooperativas de produção, com prazo de 12 meses de pagamento. A
segunda linha é a Financiamento à Aquisição de Café (FAC), também com prazo de
12 meses, destinada aos comercializadores e exportadoras, indústrias
torrefadoras e de café solúvel, além de cooperativas. Já a terceira linha é
focada no financiamento de capital de giro para cooperativas de produção e para
a indústria de café solúvel e de torrefação, com prazo de 24 meses para
pagamento.
Produção
Segundo análises recentes da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa para este ano, em
Minas, é de produção variando entre 30,7 milhões e 32,1 milhões de sacas de
café, 25% a 30% superior em relação à temporada anterior. Esta alta se deve à
bienalidade positiva da cultura e ao aumento na área de cultivo - de 983 mil
hectares para mais de 1 milhão de hectares neste ano.
SEGOV